quinta-feira, 27 de maio de 2010

Uma quarta-feira em que deu pena da bola.
Ok: o Flamengo ontem não pôde contar com cinco jogadores de meio-campo (Kléberson, Willians, Fierro, Petkovic e Michael) e não há time no Brasil que consiga manter o nível desfalcado de cinco meio-campistas. Mas vamos ser justos: o Pet não tem jogado mais do que vinte minutos e a ausência do Michael não é um desfalque, é uma benção. Na verdade, o Flamengo jogou com três reservas no meio-campo, o que é absolutamente comum em campeonatos longos como o brasileiro. Qualquer time que se diz grande tem a obrigação de fazer mais do que o Flamengo fez ontem, e aí eu acho que entra a manha do treinador. Está cheio de desfalques? Perde a vergonha, posiciona o time atrás, arma duas linhas defensivas, libera Léo Moura e Juan, deixa só o Vágner Love correndo na frente, sei lá. Não vi nada de Cruzeiro e Botafogo no Mineirão, mas pra terminar só um a zero pro Cruzeiro – e naquelas circunstâncias –, Joel Santana deve ter feito algo semelhante. Fiquei com medo de que, depois do Fla-Flu, Vágner Love pegasse o celular, ligasse pra Rússia e implorasse: me tirem daqui, pelo amor de Deus! Repito (isso vai virar mantra toda vez que tiver jogo do Flamengo): David, Michael, Fernando, Vinícius Pacheco, Bruno Mezenga, Gil, Ramón e Dênis Marques não podem vestir a camisa de nenhum clube grande do Brasil. 
São Paulo e Palmeiras continuaram maltratando a bola. O que o time do São Paulo tem de eficiente, tem também de chato. Faz um a zero e para de jogar. Tá certo que futebol é resultado, mas ontem por muito pouco o resultado não foi pro espaço, contra um Palmeiras tão fraco e desarticulado como o Flamengo tinha sido minutos antes no Maracanã. Não vi o primeiro tempo, mas o segundo tempo do Palmeiras foi de doer. Eu só não entendo por que o juiz se complicou à toa, ao dar um penaltizinho muito do maroto no final da partida. Pra que dar pênalti a favor do Palmeiras? Ewerthon, que tinha sido o único a marcar na lamentável disputa contra o Atlético Goianiense, ontem se redimiu: foi lá e, batata, perdeu.    
Por fim, eu continuo achando que, para um time que joga junto há mais de um ano e é dirigido pelo mesmo treinador há mais de dois, o Corinthians está sem padrão. O time do Grêmio Prudente é horroroso e o jogo foi tão feio quanto, com pelo menos três dos quatro gols saindo de falhas patéticas. O Corinthians melhorou com a entrada do Bruno César, e quase chegou à vitória na base do desespero, da raça, da vontade e do abafa. A questão é que o Corinthians sempre foi assim, com qualquer técnico e qualquer escalação, não? Isso também vai virar um mantra: não tenho nada contra ele, mas Mano Menezes tá devendo.

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