Pra fazer isso, era melhor que o Corinthians tivesse seguido.
Quando ficou definido que Corinthians e Flamengo se enfrentariam nas oitavas de final, tive duas conversas diferentes com meus amigos corintianos Alex Borba e Magalha. Borba dizia que o primeiro jogo, no Maraca, estava com pinta de zero a zero. Eu afirmava que era impossível, porque o Flamengo não conseguia sair de campo sem tomar pelo menos um golzinho. Errei. Favorecido pelo gramado inundado no primeiro tempo e pela surpreendente apatia do Corinthians no segundo, o Flamengo não levou gol e ainda achou o seu, num lance de precipitação do Moacir. Minha conversa com Magalha foi outra. Nós dois achávamos que, se o Corinthians passasse pelo Flamengo, daria um grande passo para brigar pelo título. Mas se o Flamengo passasse pelo Corinthians, não iria muito longe. E a explicação era simples: um se preparou, o outro não. O Flamengo tem dois problemas bem nítidos, que já foram apontados várias vezes aqui no blog: o time não sabe jogar Libertadores (ao contrário do São Paulo, por exemplo) e tem uma defesa padrão série C. Além disso, houve erros individuais imperdoáveis: David no primeiro gol, Bruno no segundo, Léo Moura no terceiro e os inacreditáveis gols perdidos por Adriano e Vágner Love no final do primeiro tempo, que fariam a partida virar empatada e poderiam mudar tudo. E vocês sabem quem entrou muito mal no jogo? O Michael. Novidade. Morando em São Caetano fica difícil, mas eu gostaria de assistir a um treino do Flamengo, só pra ver o Michael. Ele deve arrebentar, porque não é possível que ele faça nos treinos a mesma coisa que faz nos jogos – e que, ainda assim, seja escalado. Agora o time precisa vencer por dois gols de diferença em Santiago, e pra isso vai ter que mostrar muito mais do que mostrou até agora. Impossível não é, mas eu não acredito.
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