Raí nunca leu o blog. Mas apoia.
"Em nenhum outro país do mundo surgem três, quatro jogadores da qualidade do Neymar, do Ganso, em tão pouco tempo. O Dunga ficou numa sinuca de bico por ter havido só um amistoso no ano. Tenho certeza de que, se a seleção tivesse mais amistosos em 2010, ele teria chamado mais gente para conhecer." Essa declaração é do Raí, e o blog se orgulha de estar em tão ilustre companhia. Porque, nas entrelinhas, o que ele quis dizer é que não dá mesmo pra levar sem testar (veja o post de 12.05). Se não houve como testar, azar do Neymar, do Ganso, do Dunga e de todos nós, torcedores brasileiros. Tomara que eu me engane, mas creio que teremos uma equipe amarrada, jogando à base de muita marcação, confiando no talento de Robinho e Kaká, e apostando no oportunismo de Luís Fabiano. Qualquer semelhança com o time de 94 está longe de ser mera coincidência. Ontem eu vi o segundo tempo de Inter e Estudiantes, no Beira-Rio. Jogo típico de Libertadores: brigado, tenso, pegada forte, poucas chances de gol, o time argentino recuado, até Cristina Kirchner rebatendo bolas na zaga. Lá pelos vinte minutos do segundo tempo, Taison saiu do banco e entrou no lugar de Walter. Exatamente: Taison estava no banco. Não quero comparar nada e nem ninguém, mas vocês lembram o que era o Taison nessa mesma época do ano passado? Tinha comido a bola no Campeonato Gaúcho, fazia uma Copa do Brasil espetacular, começara muito bem o Campeonato Brasileiro. Um jogador inteligente e habilidoso, dono de muita velocidade e bom chute. Ele e Nilmar faziam uma dupla infernal. Coitado do técnico da seleção brasileira se fizesse uma convocação àquela altura e não levasse o Taison. Pois agora, apenas um ano depois, o cara é reserva do Inter, senta no banco e bate palmas para o ainda desconhecido Walter e o esforçado Alecsandro. Não tem jeito: infelizmente, esse assunto de Neymar e Ganso ainda vai durar muito. E se o Brasil não ganhar a Copa, deve chegar até 2014.
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