terça-feira, 4 de maio de 2010

Gol anulado do Santo André.
Gosto de conversar sobre critérios de arbitragem, mas acho bobagem discutir lances específicos. Erros de juízes vão existir sempre, e o futebol tem uma dinâmica tão grande que até um lateral invertido pode mudar a história de um jogo. Tenho visto na TV, cada vez com mais constância, um raciocínio extremamente simplista sendo usado para definir quando um juiz interferiu ou não no resultado: o jogo acabou três a dois para o Santo André e o time do ABC teve um gol mal anulado; logo, o jogo teria terminado quatro a dois e o Santo André seria campeão. Ingenuidade, não? O tal gol anulado aconteceu quando o placar ainda estava em um a um, com menos da metade do primeiro tempo, e é óbvio que, caso validado, a história da partida seria bem diferente. Tanto o Santo André poderia mesmo ganhar por quatro a dois, quanto o Santos poderia virar, fazer cinco a três, sei lá. Só sei que o raciocínio é torto. Já vi, sim, erros específicos dos árbitros definirem partidas e até títulos. Houve uma decisão de campeonato carioca, entre Fluminense e Botafogo, em que o Botafogo jogava pelo empate e o Fluminense fez um a zero com um gol de Lula aos quarenta e três do segundo tempo, depois de uma falta escandalosa do lateral Marco Antônio no goleiro Ubirajara. Aí, sim: faltando dois minutos para acabar o jogo e proporcionando o gol decisivo, um erro desses é fatal. Na semana passada, pela Copa do Brasil, a partida no Palestra Itália estava zero a zero e Leonardo Gaciba marcou um pênalti contra o Atlético Goianiense aos quarenta e oito do segundo tempo. Gol de Clayton Xavier, vitória do Palmeiras. Se aquele pênalti tivesse sido mal marcado (acho que foi pênalti mesmo), o erro teria sido determinante para o resultado. Mas não sendo em casos como esses, nada a ver. Não é legal atribuir uma conquista tão bacana como essa do Santos a um erro de arbitragem. E, sobretudo, não há coerência em acusar de favorecimento proposital à equipe santista um juiz que expulsou três jogadores do time.

5 comentários:

  1. Meu blogueiro predileto:

    1. Quanto ao Robinho, ele se sairia melhor se fizesse uma dupla com um afoca num circo qualquer.

    2. No tocante ao Paulo Henrique Ganso, há muito não via um jogador tão mascarado . Na década de 60 havia um centroavante do Sâo Cristóvão, que havia sido juvenil do Fluminense, de nome Zé Roberto, cujo apelido cairia como uma luva no Ganso: Carnaval.

    Saudações mascaradas

    Paulo Cezar

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  2. Prezado Jorginho:

    Quanto ao Flu 1 x 0 Bota de 1971, o Botafogo perdeu o título pelo pedantismo,soberba, arrogância e cia dos Paulo César da vida. Faltando 5 rodadas para o término do campeonato, o Botafogo, com 5 pontos de vantagem na tabela quando um avitória valia 2 pontos, por incentivos maiores do Cajú, tirava fotos com as faixas de campeões. E, por falar em Cajú, O saudoso João Sem Medo o definia assim: "Paulo César Cajú é o jogador talhado para decidir partidas, as quais não necessitam dele para serem decididas". E mais: Sua omissão na estréia da seleção na estréia da copa de 74 naquele Brasil 0 x 0 Iugoslávia foi criminosa. Portanto, bem feito para o Botafogo!

    Saudações anticajuenses

    Paulo Cezar

    OBS.: Cajú sabia tudo de bola, mas faltavam-lhe outras qualidades quase tão importantes quanto a habilidade com a esfera.

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  3. Tudo que o Paulo Cezar falou sobre a final daquele campeonato é absolutamente verdadeiro. Assim como é verdadeiro o fato de que, se o juiz tivesse marcado a escandalosa falta de Marco Antônio no Ubirajara, o Botafogo seria campeão.

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  4. Prezado Jorginho:

    O goleiro brasileiro tem um vício que vem de longas datas. É o "deixa que eu deixo".

    Paulo Cezar

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  5. Meu blogueiro favorito:

    Por falar em goleiro, lá vai: após a copa de 82, um dos melhores comentaristas uruguaios, do qual não me lembro do o nome agora, escreveu uma crônica sobre a excelência do futebol brasileiro, na qual ele dizia que o Brasil era tão bom de futebol que disputou uma copa do mundo sem goleiro...

    Saudações goleirísticas

    Paulo Cezar

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