quinta-feira, 20 de maio de 2010

Será que é tão difícil assim ajeitar o Palmeiras?
Por causa de rápidos comentários que ouvi dos dois aqui na agência, desconfio que meus amigos palmeirenses Gobato e Tales irão discordar, mas não acho complicado arrumar o time do verdão. Senão, vejamos. Apesar de meio doidinho, Marcos continua sendo um dos bons goleiros do país. Vítor, que veio do Goiás e estreou há dois jogos, foi um dos três melhores laterais direitos do último Campeonato Brasileiro. Sei que Goiás é Goiás e Palmeiras é Palmeiras, mas ele não pode ter desaprendido. No meio da zaga, Léo, Maurício Ramos, Danilo e Edinho poderiam atuar em qualquer equipe brasileira. Nenhum é craque, mas nenhum faz feio. Reconheço que Armeiro é meio atabalhoado (Muricy que o diga) e que a tentativa com Eduardo não foi bem-sucedida. A lateral esquerda, portanto, precisa ser reforçada, mas não é difícil. Pierre é um volante que não deixa o adversário jogar sossegado, Márcio Araújo fez ótimo Brasileirão pelo Atlético Mineiro, Cleiton Xavier é bom armador, Lincoln sabe jogar. Os problemas do Palmeiras – dentro de campo, frise-se – podem ser resolvidos com a contratação de gente para o ataque. Mas tem que ser gente boa de verdade, e não centroavantes empurrados goela abaixo por empresários. Desde que começou a descer a ladeira no ano passado, e sobretudo após o festival de sopapos entre Maurício e Obina, o verdão não teve mais o cara certo para, ao menos, empurrar a bola pra dentro. Alguns times às vezes dão a impressão de que estão longe de acertar, mas basta que se ajeite uma ou outra peça e pronto: o conjunto engrena e a coisa vai. Enquadro o Palmeiras nesses casos. Só que aí vem o outro lado da história. Nunca fui sócio de clube algum, mas sempre ouvi dizer que a política interna de alguns deles é um saco de gatos. Grupelhos, dissidências, conchavos, intrigas, jogos de interesses. E parece que, no Palmeiras, quando as questões internas não estão bem solucionadas, sempre sobra para técnicos, preparadores físicos, jogadores, e o clube entra num círculo vicioso: se o time vai mal, a política acaba de atrapalhar; quanto mais política, pior vai o time. Aí não sei, mas talvez não haja mesmo centroavante que dê certo.

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