A atuação do São Paulo foi um belo presente de aniversário para o meu amigo Roger.
Eu estava pensando em preparar um post falando da diferença que existe entre um cara que sabe jogar bola e um homem de referência. Mas a estreia do Fernandão tornou o post desnecessário. Não sei se a contratação dele foi tão espetacular assim, porque há muito tempo Fernandão não vem jogando bem: sua última temporada no Inter tinha sido fraca e seu retorno ao Goiás foi decepcionante. Mas é um jogador inteligentíssimo, que pode ajudar a recolocar o tricolor no trilho. Ontem, pela primeira vez na Libertadores e pela primeira vez em 2010, o São Paulo voltou a ser o São Paulo que a gente se acostumou a ver: muito firme na zaga e preciso no contra-ataque. Um time que cansa e irrita o adversário pela solidez defensiva, não cria tantas chances, mas quase sempre aproveita as poucas chances que cria. Até o Pedro Yoshizuka, que sabe tudo de bola e é um crítico ferrenho do Ricardo Gomes, há de reconhecer que a equipe foi muito bem armada. Além disso, o time cresce muito quando algo ou alguém dá uma chacoalhada no Hernanes e ele começa a jogar. Creio que, se não fossem seus constantes e inexplicáveis apagões, ele certamente estaria entre os vinte e três soldadinhos do Dunga. Vale destacar, ainda, que o São Paulo não ganhou do Caracas, do Emelec ou de outro timeco qualquer. O Cruzeiro é um grande time, e por isso acredito que na semana que vem teremos outro jogaço. A torcida do São Paulo pode se animar novamente, mas só deve ter cuidado com essas bobagens de Jason e “o campeão voltou”. A última vez em que ela cantou isso foi no Brasileirão do ano passado e, dezessete anos depois, o campeão acabou voltando mesmo.
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