segunda-feira, 17 de maio de 2010

Multa por burrice.
Alguns clubes multam seus jogadores que levam cartões amarelos por bobagens – e é justo. Como também seria justo se houvesse punição para certos tipos de jogadas inadmissíveis em profissionais. Não reclamo de erros que fazem parte do jogo. Gols perdidos, frangos, falhas de zagueiros, isso acontece até com os craques. Reclamo da displicência, da brincadeira dentro da área, da burrice. No jogo de sábado entre Vitória e Flamengo, disputado no Barradão, o campo parecia o Maracanã naquele primeiro tempo de Flamengo e Corinthians. Como o Flamengo marcou seu gol com menos de três minutos, quando ainda havia um mínimo de condição de jogar futebol, não era tão complicado garantir a vitória, já que ninguém conseguia criar chance alguma. Chutes de fora de área, nem pensar. Era impossível ajeitar a bola, aprumar o corpo e bater, o gramado não permitia e sempre alguém chegava junto. Só dava mesmo pra fazer cruzamentos na área e pedir a Deus que algo acontecesse. Até que, aos quarenta do segundo tempo, o meia Elkesson, do Vitória, tentou entrar na zaga carregando a bola, repetindo uma jogada que já fora feita várias vezes pelos dois ataques, sem qualquer chance de sucesso. Mas num lampejo de ignorância desmedida, Fierro decidiu parar o lance com um carrinho por trás, oferecendo ao time baiano a única possibilidade de chegar ao gol. Falta marcada, cobrança bem feita, um a um no placar. Fierro merecia, no barato, uns quarenta por cento de desconto no salário. Pra deixar de ser burro.

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