Três golaços e um segundo tempo alucinante.
Como a defesa do São Paulo é muito firme e o time voltou a jogar com seriedade e eficiência, achei que aquela vaga para a semifinal estava resolvida e decidi assistir a Santos e Grêmio. Sábia decisão. Em primeiro lugar, porque a estupidez do Kléber serviu para, com um minuto de jogo, confirmar o acerto da escolha. Em segundo, porque Santos e Grêmio foi espetacular. Gosto do Kléber. É um cara que eu queria muito no Flamengo, acho até que merecia ter sido testado na seleção – principalmente em tempos de Grafite –, mas é completamente louco. Um jogador com quem, infelizmente, você não pode contar, e daí que chamar pra seleção seria loucura maior que a dele. O juiz talvez tenha sido excessivamente rigoroso, mas a culpa é do Kléber. Por tudo o que já fez, virou um jogador marcado. E assim como o canalha do Ballack, está colhendo o que plantou. Na Vila, no primeiro tempo, o Grêmio marcou muito bem, Douglas dominou o meio-campo, Neymar não viu a cor da bola e Paulo Henrique errou rigorosamente tudo o que tentou. Robinho era o único do peixe que conseguia jogar. No segundo tempo, parecia que os times tinham ido pra casa, tomado banho, dormido e voltado no dia seguinte, porque o jogo foi outro. O Grêmio não acertou mais a marcação (de novo a história de que ninguém consegue marcar daquele jeito durante os noventa minutos), Douglas passou a errar tudo o que Paulo Henrique errara no primeiro tempo e o Ganso fez um gol sensacional, acertando um lindo chute da entrada da área. Duas coisas não mudaram: Neymar continuou apagado (Dorival Jr. não pode obrigá-lo a baixar a gola daquela camisa não?) e Robinho continuou jogando muito. O segundo gol, de Robinho, foi espetacular, e o terceiro, de Wesley, maravilhoso. A verdade é que está difícil encontrar adjetivos para ser justo com o futebol que o Santos vem jogando. Velocidade, toque de bola, precisão e uma confiança inabalável no jogo ofensivo. A registrar: o carioca Marcelo de Lima Henrique errou no gol do Grêmio (Rafael Marques estava impedido quando Jonas cabeceou), mas foi juiz de futebol. O que é algo raro hoje em dia no futebol brasileiro.
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