Portugal sai, Espanha segue. A bola agradece.
Surpreendentemente, a seleção portuguesa se revelou uma das mais retranqueiras dessa Copa. Tanto que, apesar de contar com um dos mais badalados atacantes do mundo, fez gol em apenas um dos quatro jogos que disputou. Ficou no zero a zero contra o Brasil e a Costa do Marfim, perdeu de um a zero da Espanha, e só conseguiu balançar a rede contra a pobre da Coreia do Norte. Deu muita pancada, marcou forte, deixou claro que seu astro metrossexual é muito mais fama do que proveito. Cristiano Ronaldo conseguiu superar o inglês Rooney na disputa pelo troféu de maior decepção da Copa 2010. No time de Portugal salvaram-se o goleiro Eduardo e o lateral-esquerdo Fábio Coentrão, os dois muito bons. A Espanha fez sua melhor partida na Copa, e ganhou de um a zero. Este tem sido o problema da Espanha: mesmo quando apresenta muito mais volume de jogo do que o adversário, não consegue transferir isso para o placar. É um time com ótima movimentação e fino toque de bola, mas que deixa na gente a impressão de que falta alguma coisa. Não seria o Messi? Apesar do Piqué ser bom zagueiro, a defesa mostra certa fragilidade e até mesmo o Casillas, recentemente considerado um dos três melhores goleiros do mundo, tem passado insegurança. Também, quem não fica inseguro com uma namorada daquelas? É bastante agradável ver a seleção espanhola jogar, mas não creio que ela tenha cacife para encarar equipes que reúnam qualidade e competitividade, como o Brasil e a Holanda. Não deve ter problemas para bater o Paraguai, mas se não resolver em sete dias a questão da falta de objetividade, o mais provável é que naufrague contra Argentina ou Alemanha.
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