Pontapé inicial.
Minha mulher caiu na besteira de instalar uma Sky HDTV lá em casa. Isto significa que, apesar de minha tevê ainda ser um bom e velho tubão, posso gravar programas. Assim, mesmo com os jogos da Copa acontecendo no horário de trabalho, vai dar pra ver bastante coisa. Às vezes vou escrever antes das partidas, às vezes depois, mas o blog promete não deixar a peteca cair. Escrever antes dos jogos é sempre um risco, pois existe a incontornável tentação de fazer previsões e tenho certeza de que errarei a maioria. Essa é a graça. África do Sul e México é um jogo que, se fosse disputado em qualquer outro lugar do mundo e em qualquer outra ocasião, terminaria com a vitória do México. Fácil. Mas como é na África do Sul e como é abertura da Copa, tudo pode acontecer. Não que o México seja algo maravilhoso, mas é um futebol que vem tendo um – digamos – desenvolvimento sustentável. Não sei se algum dia será campeão do mundo, mas vai dar cada vez mais trabalho. A África do Sul é fraquinha demais, mas a gente tem incontáveis exemplos de que, em copas do mundo, jogar em casa representa uma vantagem considerável. Um pouco mais tarde, França e Uruguai fazem o clássico da decadência. A seleção francesa dá a impressão de que, na verdade, nunca existiu. O que existiu foi um gênio chamado Zinédine Zidane. Teve a geração do Platini e tal, mas nunca chegou lá. Com Zidane, sim, foi campeã em 1998 (em casa, frise-se) e vice em 2006. Sem Zidane, que estava machucado, em 2002 não passou da primeira fase. O futebol uruguaio está em decadência desde 1950. É a praga de Barbosa. Depois daquilo, nunca mais chegou sequer a uma final. Ambas as seleções tiveram que passar por aquela angustiante repescagem para chegar à Copa, mas, de qualquer modo, deve ser um jogo legal. Nada contra a França, mas vou torcer para o Uruguai.
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