Da série "A língua é o chicote do corpo" (4).
Na noite da última quarta-feira, no programa "Seleção SporTV", o âncora Luiz Carlos Junior pediu a opinião dos participantes sobre o jogo do dia seguinte entre Dinamarca e Japão, que definiria o segundo colocado no grupo E. André Rizek e Telmo Zanini deram seus palpites com cautela – "eu acho", "eu acredito", etc. Já Lédio Carmona foi pra cima, com a arrogância que costuma acometer a nossa imprensa esportiva. Disse que não havia dúvida, que ia dar Dinamarca fácil, que a seleção japonesa era fraca e envelhecida, que a Dinamarca era muito melhor, que contava com um atacante excelente – o tal do Rommedahl –, que não tinha erro: era Dinamarca e fim de papo. No dia seguinte, não apenas a Dinamarca perdeu o jogo por três a zero, como tomou um chocolate do Japão. Rommedahl não viu a cor da bola.
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