segunda-feira, 28 de junho de 2010

Mesmo com um futebolzinho muito meia-boca, Uruguai e Gana seguem.
O falecido Cláudio Coutinho, técnico da seleção brasileira na Copa de 78 e dos primeiros títulos do Flamengo de Zico e Júnior, era um teórico que gostava de levar para o futebol conceitos de outros esportes. Do basquete, Coutinho importara a necessidade de fazer a bola sempre passar pelos armadores. Tá lá na ponta-direita, tentou a jogada, não deu certo, não insiste: volta e recomeça com quem tem melhor toque de bola e, sobretudo, mais visão de jogo. No basquete isso é bem claro, no futebol nem tanto. Do boxe, Coutinho procurava adaptar a estratégia do segundo golpe. A não ser que o adversário seja muito forte e equilibrado técnica e psicologicamente, sempre que você faz um gol ele dá uma baqueada. Por isso, o ideal é que você parta pra cima, para tentar fazer outro e "derrubá-lo". Se fossem dirigidas por Coutinho e assimilassem suas ideias, as seleções da Coreia do Sul e dos Estados Unidos poderiam ter mudado a história de seus jogos no sábado. Ambas perdiam por um a zero e conseguiram empatar em momentos de apagão dos adversários, só que em vez de partir para liquidá-los, afrouxaram. Jogaram suas chances no lixo e acabaram castigadas, levando o segundo gol e dando adeus à Copa. Fora isso, as partidas de sábado foram fracas e mostraram seleções que precisarão de um milagre para chegar à final – infelizmente, na semifinal uma delas já está garantida.

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