sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Quinta-feira feliz para palmeirenses, flamenguistas e, sobretudo, santistas.
Palmeiras e Flamengo tiveram uma boa quinta-feira, mas nenhuma das duas tão bacana quanto a do Santos. 
O time treinado por Felipão conseguiu uma classificação improvável. Mesmo jogando em casa, não é fácil virar, contra nenhum time da primeira divisão do futebol brasileiro, um mata-mata em que se perde a primeira por dois a zero. O Vitória pareceu mais acanhado do que de costume, acreditando demais na história de que bastava fazer o tempo passar. Tanto é verdade que o grande goleiro Marcos, em seu histórico jogo de número quinhentos com a camisa do clube, fez apenas uma defesa em toda a partida – e mesmo assim uma defesa simples para um goleiro da qualidade dele. Apesar dos três a zero, o Palmeiras esteve confuso na maior parte do jogo, com uma escalação muito mexida. E quando Felipão percebeu que era bobagem manter os três zagueiros e deslocou Fabrício para a lateral esquerda, aí foi um desastre. Fabrício eu conheço, começou lá no Flamengo e tem chance de se transformar num dos bons zagueiros do nosso futebol, mas para a lateral não leva o menor jeito. O que valeu mesmo foi a raça de todo o time, além do golaço do Marcos Assunção. Agora, vamos combinar que, mesmo com toda a pressão de ter que vencer por três gols de diferença e sem jogadores importantes como Kléber e Lincoln, a comemoração foi um tanto exagerada, não? Era só a classificação para as oitavas de final da Sul-Americana. No dia em que o Palmeiras ganhar a Libertadores, ou eu volto pro Rio ou fico um mês sem sair de casa. 
A possível boa notícia pro Flamengo foi a contratação da nova dupla de ataque, formada por Deivid e Diogo. Por enquanto, é apenas uma possibilidade, porque a gente nunca sabe. Deivid fez sucesso no Santos, no Cruzeiro e no Corinthians, e Diogo apareceu muito bem na Portuguesa de Desportos. Mas é ver para crer. De qualquer modo, qualquer coisa viva no ataque rubro-negro é melhor do que Val Baiano e Cristian Borja. É mais ou menos como diz o slogan do Tiririca: pior do que tá não fica. 
E a grande notícia da quinta-feira veio mesmo da Vila Belmiro. A correta decisão do Neymar é surpreendente para um cara de dezoito anos, e o monumental esforço de engenharia financeira, que certamente o Santos teve que fazer, deve servir de inspiração para todos os nossos clubes, que só sabem revelar e vender, revelar e vender, revelar e vender. É preciso acabar com essa história dos europeus levarem nossos craques pelo preço que quiserem. Um ano depois de comprar o Ramires do Cruzeiro, o Benfica o vendeu para o Chelsea por três vezes mais. E o Cruzeiro ficou com cara de otário. O Santos foi valente, competente, não se impressionou com os valores oferecidos, correu atrás e conseguiu. Golaço.

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