sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Para ser bom técnico é fundamental ter sido mau jogador?  
Lothar Matthaus foi um dos maiores jogadores da história do futebol alemão. Um pouco antes do jogo entre Alemanha e Argentina, pela Copa da África do Sul, ele disse o seguinte à revista Kicker: "Maradona não tem um sistema, não tem um conceito. Ele confia nas qualidades individuais, e acho que isso não será suficiente contra uma seleção como a nossa, que joga de forma compacta e está menos pressionada que a Argentina." 
Juan Sebastián Verón é um dos maiores jogadores da história do futebol argentino. Esta semana ele deu uma entrevista à rádio La Red em que descascou Maradona. Criticou a escalação de Máxi Rodrigues e Di Maria no meio-campo, não por falta de qualidade dos dois, mas por suas características, que acabaram deixando Mascherano sobrecarregado na proteção à zaga. Discordou do posicionamento de Messi, que precisava voltar muito para buscar jogo. Meteu o pau na escolha de um treinador sem experiência. Resumindo: saiu atirando pra tudo que é lado. Descontando-se o fato de que, numa decisão incompreensível, Maradona tenha deixado Verón fora do time nos momentos mais importantes da Copa, o que certamente contribuiu para o desabafo do craque, parece que tanto Matthaus quanto Verón acertaram na mosca. 
E esse é mais um dos grandes mistérios e encantos do futebol: por que será que craques fantásticos (Maradona, Falcão, Júnior) se transformam em treinadores malsucedidos, enquanto jogadores menos que medíocres (Vanderlei Luxemburgo, Felipão, Mano Menezes) conseguem virar técnicos de respeito?

Um comentário:

  1. Isso quer dizer que me resta torcer pro Baresi, que era um jogador mediano, se tornar um técnico pelo menos, competente.

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