quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Chivas na final da Libertadores, Brasil garantido no mundial de clubes.
Ontem o futebol brasileiro garantiu presença naquele mundial de clubes meio mambembe, que esse ano irá acontecer em Abu Dhabi. Uma vez vi uma entrevista do Fernando Baiano, que jogou no Corinthians, no Flamengo e em muitos outros clubes. Ele estava defendendo o pé-de-meia num desses lugares de grande tradição futebolística – Dubai, Catar, por aí – e dizia que os jogos lá tinham em média mil e quinhentos torcedores. Modéstia à parte, eu já joguei pra mais gente do que isso, nos antigos e inesquecíveis torneios de pelada do Aterro do Flamengo. Mas vamos em frente. Ontem o Chivas eliminou a Universidade do Chile, e como os times mexicanos não podem chegar ao mundial de clubes via Libertadores, quem seguir adiante após o confronto de amanhã entre Inter e São Paulo estará garantido em Abu Dhabi. Não vi o jogo, mas o que aconteceu com a Universidade do Chile acabou sendo uma eliminação anunciada. Já nas oitavas, o time escapou por pouco: depois de vencer o Alianza em Lima por um a zero, complicou o jogo em casa, perdia por dois a um até o finzinho e conseguiu o gol de empate, que lhe garantiu a vaga, só nos acréscimos. E nas quartas, contra o Flamengo, idem. Ganhou no Maraca por três a dois, dando a impressão de ter liquidado a parada, mas perdeu em casa por dois a um, levando a classificação no sufoco. Ao contrário do que acontece com noventa e nove por cento dos clubes na Libertadores, é um time que parece jogar melhor fora. Até que ontem, finalmente, a casa caiu. 
Hoje sai o primeiro representante brasileiro na Libertadores 2011. Da mesma forma que o Sport conseguiu reverter a vantagem do Corinthians em 2008, existe a possibilidade do Vitória virar pra cima do Santos. Mas é bem mais difícil. O Santos-2010 é melhor do que era o Corinthians-2008, o Sport-2008 era melhor do que é o Vitória-2010, e naquele ano o time pernambucano perdera a primeira partida por três a um, o que é bem mais vantajoso do que perder por dois a zero, não me perguntem exatamente por quê – ou melhor, leiam o post de 21 de maio, com o título “Desde quando, no futebol, um gol vale mais que o outro?”. O Santos tem tudo pra levantar a taça. Pena que, na Libertadores do ano que vem, não estarão mais o Robinho, o André e, provavelmente, o Neymar, o Ganso e o Wesley. Ou seja: quem se classifica para a Libertadores é um time, quem disputa a Libertadores é outro. Coisas do nosso mendicante futebol.

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