segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Pílulas do final de semana.
Não dá para comparar os atuais times do Fluminense e do Flamengo. Entretanto, a maior discrepância entre os jogos dos dois, nesse final de semana, esteve nas arquibancadas. Sessenta mil pessoas foram ao Maracanã assistir a Fluminense e Inter. Menos da metade disso foi ao Maracanã assistir a Flamengo e Ceará. Explicações podem e devem ser solicitadas à presidente-nadadora Patrícia Amorim. 
Nos noventa minutos do jogo de sábado, o Flamengo só conseguiu mandar três bolas na direção do gol cearense: um escanteio em que Petkovic tentou o gol olímpico e Diego espalmou sem dificuldade por cima do travessão; uma falta de meia distância que Renato Abreu bateu com violência e Diego pôs para escanteio; e o pênalti (discutível) que o Pet converteu. Há muito tempo eu não vejo um time do Flamengo tão fracote. 
O saudoso Dr. Antônio Cláudio Murtinho dizia que “urubu, quando tá de azar, o debaixo caga no de cima”. Com o Fluminense está acontecendo o contrário. À parte a indiscutível competência e o bom futebol que o time vem jogando, tudo dá certo. Tanto no domingo passado, contra o Grêmio, quanto ontem, contra o Inter, o time abriu o placar em dois chutes do Mariano que só entraram porque foram desviados por zagueiros adversários. 
No jogo de ontem, no Maracanã, o meia-atacante Oscar entrou no lugar de Tinga aos trinta e cinco do primeiro tempo. Por sua atuação absolutamente improdutiva, foi substituído aos doze do segundo tempo. Jogou, portanto, menos de vinte e cinco minutos. Oscar era tratado a pão-de-ló no São Paulo, e criou uma crise danada ao entrar na Justiça atrás de seu direito de deixar o clube. Como ele era a grande esperança de craque e a maior promessa das divisões de base, fica mais fácil entender por que Muricy relutava tanto em utilizar os jogadores formados em Cotia. 
O jogo entre Corinthians e Avaí mostrou, mais uma vez, que no futebol a camisa pesa e o vento vira. Caio, que está fazendo um ótimo campeonato pelo time catarinense, passou pelo Flamengo e não jogou nada. Já no Corinthians, até pouco tempo todo mundo reclamava da ausência de um meia. Agora que o time tem um bom meia, parece que falta capacidade de conclusão ao ataque. 
Na semana passada, no jogo Corinthians x Flamengo, houve um lance com Léo Moura e Jorge Henrique dentro da área que os comentaristas esportivos acharam pênalti. Ontem, no jogo Corinthians x Avaí, houve um lance com Eltinho e Jorge Henrique dentro da área que os comentaristas esportivos acharam pênalti. Eu não teria dado nenhum dos dois. Aliás, se eu fosse juiz de futebol, jamais marcaria pênalti algum em cima do Jorge Henrique. 
O Botafogo tem hoje seis atacantes em seu elenco. Jobson, Herrera, Loco Abreu, Edno, Caio e Maicossuel – este último é um meia de origem, mas também pode jogar mais à frente. Todos os seis são melhores do que qualquer um dos atacantes do Flamengo. Como o Botafogo não nada em dinheiro, claro está que o problema do Flamengo é muito menos de falta de grana e muito mais de incompetência. 
No jogo de ontem contra o Vitória, em Salvador, Paulo Henrique Ganso parecia totalmente sem saco de jogar sem Robinho, Neymar, André e Wesley. Vai ter que se acostumar. E vai precisar mesmo de muita paciência. 
Felipão venceu. Vanderlei Luxemburgo venceu. Até Rogério Lourenço venceu. Rodada estranha.

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