segunda-feira, 12 de abril de 2010

Três a dois muito bom.
Santos e São Paulo terminou com o mesmo placar de Fluminense e Botafogo, mas foi um jogaço. Duas coisas ficaram claras: a primeira é que o time do Santos é mesmo muito bom; a segunda é que o time do Santos não é imbatível. O São Paulo continua forte, mas tem sofrido de problemas terríveis. A síndrome de Carpegiani (ver post da última sexta-feira), a síndrome do homem de referência (o time melhora toda vez que o Washington sai) e a síndrome de Ricardo Gomes, que não consegue ganhar clássicos. E eu acho que ontem ele errou. Ricardo Gomes foi um excelente zagueiro, conhece o jogo e sabe que, numa partida equilibrada, só há um jeito de um dos times começar o segundo tempo perdendo de dois a zero, com um jogador a menos, e ainda assim conseguir empatar: é se matar em campo. Entretanto, se matar cansa, e o São Paulo cansou. A maior prova disso foi a quantidade de faltas que Miranda fez no finzinho do jogo, chegando atrasado e exausto nos lances. Ricardo Gomes errou nas substituições. É bem verdade que a entrada do Cicinho no lugar do Washington melhorou a equipe, mas isso aconteceria até se o Paulo Asano entrasse no lugar do Washington*. Mas quando pôs Fernandinho e Marcelinho Paraíba, Ricardo Gomes deveria optar por manter o empate, e não por tentar a vitória. Cléber Santana, Léo Lima (não sei quem estava no banco) ou até mesmo um terceiro zagueiro teriam sido escolhas melhores. Jogando em casa, em princípio o empate não seria um bom resultado pro São Paulo, mas as circunstâncias do jogo mudaram isso. E não custa lembrar que o Palmeiras ganhou do Santos lá na Vila.
*Pra quem não conhece: Paulo Asano é um excelente diretor de arte, que trabalhou aqui na Y&R com a gente e participava das peladas às segundas-feiras. Um dia o Paulo comentou: “Eu não sei por que vocês me passam a bola. Eu não tenho a menor ideia do que fazer com ela.”

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