quinta-feira, 29 de abril de 2010

Ao expulsar Michael, o bom juiz paraguaio ajudou o Flamengo.
O velho chavão do “jogo de cento e oitenta minutos” ontem precisou ser revisto. Flamengo e Corinthians vão definir quem passa para as quartas de final da Libertadores num jogo de cento e trinta e cinco minutos, já que o primeiro tempo não existiu. Aquilo não é futebol. E faz a gente pensar se não há um jeito de amenizar o problema. Claro que não falo de cobertura retrátil ou qualquer outra dessas soluções tão sensacionais quanto impraticáveis em estádios mais velhos do que eu. Mas será que não dá pra cobrir o gramado com duas lonas gigantes, uma para cada metade do campo, que seriam retiradas dez minutos antes das partidas? O segundo tempo deixou claro que a drenagem do velho Maraca é boa, mas não há sistema de drenagem que resista a horas e horas de chuva brava. A lona seria simples, barata e reduziria bem o problema. Quando o jogo começou de verdade – no segundo tempo, portanto – tive a impressão de que o Corinthians entrara em campo para se aproveitar do efeito contrário que às vezes a torcida rubro-negra provoca no time, fazendo-o atacar desordenadamente e se expor demais. Ao se descobrir com um jogador a mais e vendo o Flamengo montar duas rígidas linhas defensivas, inclusive com o Vágner Love voltando até a intermediária, o Corinthians ficou sem saber o que fazer. Não gosto do Michael. Não é jogador para o Flamengo. O cara saiu do Botafogo porque brigou com o técnico Estevam Soares, que o colocara na reserva. Jogador que fosse pra reserva naquele time do Botafogo não tinha que brigar com o técnico: tinha que mudar de profissão. Mas não há nada que um bom empresário não resolva. A expulsão do Michael aumentou o sentido de marcação do time e fez todo mundo correr mais – Vágner Love, Williams e Juan foram os melhores exemplos. Acho que a torcida corintiana pode continuar otimista. A derrota de ontem não muda o fato de o time estar numa fase melhor e ter se preparado com muito mais seriedade para a Libertadores. E se o time for adiante, vai ter que pagar um bicho extra ao Júlio César, pela defesa na cabeçada do Adriano. Quanto à torcida do Flamengo, vale lembrar que as duas melhores atuações do time no ano passado aconteceram fora de casa: dois a zero sobre o Palmeiras no Palestra Itália e três a um sobre o Atlético no Mineirão. O time esse ano é outro, mas, sabe lá?

2 comentários:

  1. O Gordo (de cá, não o de lá) é uma pândega completa.
    O caso clássico do típico ex-jogador em atividade. Aquele que traz marketing e verba pro time -- empatada nele mesmo, no fim das contas -- e só. Joga com a camisa que fez em outros clubes, outras épocas. Joga com o prestígio de ter feito gols importantes, coisa reduzida à mera memória. E faz o torcedor -- que o idolatra -- de idiota.

    Bem feito.

    ResponderExcluir
  2. Murta, saldo positivo para o mais querido; nao apenas pela vitoria, mas parece queo time recuperou parte da alto estima, que é fundamental para uma boa atuação quarta q vem. Vamos Flamengo!!

    ResponderExcluir