terça-feira, 27 de abril de 2010

Parecia impossível, mas o Flamengo conseguiu se superar.
Nossa nadadora continua firme no objetivo de afogar o futebol rubro-negro. Quando a gente pensava que o estoque de bobagens cometidas pelo clube em 2010 tinha se esgotado (ver post de 15.04, “Flamengo ladeira abaixo”), veio a obra-prima. Essa de deixar o time sem técnico às vésperas do primeiro jogo com o Corinthians foi insuperável. Concordo que algo precisava ser feito pra tentar arrumar a casa, mas o ideal teria sido uma mexida no início da temporada. O problema é essa bobagem institucionalizada em nosso futebol de que não se mexe em time que está ganhando. Como quase toda frase feita, é uma tolice. No entanto, já que não fizeram antes, por que fazer justo agora? O trabalho da comissão técnica do Flamengo, esse ano, vinha sendo triste, mas se era inevitável a demissão de dois ou três ali, incluindo o falastrão Marcos Brás e o caladão Andrade, é claro, é óbvio, é evidente que o clube só poderia fazer isso com outro técnico na manga. Mas aí entra, como sempre, a tal história da soberba: a diretoria do clube deve ter pensado que o maior sonho da vida de qualquer profissional de futebol é estar no Flamengo. Pouco importa o compromisso de Joel com o Botafogo ou o de Muricy com o Fluminense ou o de Luxemburgo com o Atlético. Às favas com a ética: a gente chama, eles vêm correndo. Pois nenhum foi. E em relação ao caso específico da Libertadores, faltando menos de uma semana pro jogo com o forte time do Corinthians, só dava para encarar essa rebordosa com um técnico motivador, desses com discurso pra levantar defunto. Joel Santana, Vanderlei Luxemburgo, Felipão. O próprio Muricy, que trabalha sério mas não faz o gênero motivacional, não serviria. Parreira também não. Tinha que ter esse jeitão. Em vez disso, o Flamengo vai para um jogo importantíssimo lotado de problemas, e dirigido por um técnico abúlico e sem história. Ah, sim: ele é prata da casa. Tá resolvido.

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