quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Será que Muricy vai repetir o ano passado?
Eu nunca quis ser, como dizia minha mãe, boca de seca-pimenteira, mas me lembro de ter escrito aqui no blog que, se ficasse quinze dias sem o Conca e o Emerson, o Fluminense corria o risco de desandar. Nem precisou perder o Conca. Com Emerson de fora, o Fluminense venceu apenas uma das últimas seis partidas que disputou, e é evidente que Muricy não conseguiu arrumar o time. Pelo contrário: ao escalar Conca como falso atacante e isolar Washington, ele erra feio. O estilo do Washington, lento e pesadão, não tem como se encaixar em um esquema como esse. Deco e Conca são rápidos e inteligentes, mas não têm resposta lá na frente. No jogo de ontem, em apenas sete minutos o bom bandeirinha Roberto Bratz já tinha assinalado três impedimentos do Washington. Bidu: os caras pensam rápido, ele não; os caras tocam rápido, ele não; os caras já vêm com a pizza pronta, ele ainda tá buscando a farinha. Não vou mais ficar falando mal do Washington. Há quem goste. Há quem ainda se impressione com essa história do “cara que faz gol”. Começo a achar que, se o Emerson não voltar logo, a tendência é Muricy bisar o fiasco do ano passado, quando pegou o Palmeiras lá nas cabeças, depois do curto e próspero período sob o comando do interino Jorginho, e terminou o campeonato fora do maldito G4. 
Quem não tem nada com isso é o Corinthians. (E também o Cruzeiro, que eu já disse aqui no blog ser o time brasileiro que mais gosto de ver jogar.) O Corinthians entrou sossegadinho, esperou apagar o fogo inicial do Fluminense, levou o primeiro tempo em banho-maria. Antes do bonito gol de Jucilei, que vem fazendo um grande campeonato, apenas uma chance pra cada lado, com Deco e Paulinho. Depois do gol de Jucilei, o jogo ficou ainda mais sob controle. No ano passado, o comentarista PVC atribuiu o título do Flamengo ao que ele chamou de “vitórias improváveis na reta final”: contra o Atlético, no Mineirão, e contra o Palmeiras, no Palestra Itália. Ou seja: as vitórias improváveis são, necessariamente, aquelas que se obtém fora de casa. Era o que faltava para o Corinthians ampliar suas chances de levar o título. Mas faço questão de repetir: olho no Cruzeiro. 
O juiz de Grêmio Prudente e Flamengo foi Ricardo Marques Ribeiro, o mesmo que eu elogiei aqui pela arbitragem no jogo Santos e Botafogo. Ontem ele poderia ter sido excelente, mas cometeu um erro decisivo para o resultado: a expulsão de Adriano Pimenta. Achei excessivamente rigorosa. Pouco antes de fazer o gol do Grêmio Prudente, Adriano Pimenta levara um cartão amarelo por uma falta em Diogo. Logo depois fez o gol e, na comemoração, ergueu a camisa cobrindo o rosto. Aí fica minha dúvida sobre como é essa história: levantar a camisa até o umbigo, pode? E se passar do umbigo mas não mostrar os mamilos, pode? Não sei o que diz a regra e me recuso a pesquisar isso, mas a verdade é que ele não tirou a camisa. Creio que o árbitro poderia ter demonstrado bom senso e relevado. O Flamengo jogou o segundo tempo inteiro com um a mais, o Grêmio Prudente ficou o segundo tempo inteiro com os dez lá atrás e acabou não aguentando a pressão. Para encerrar: o Flamengo fez uma partida péssima. Alguém surpreso?

2 comentários:

  1. tava indo bem até colocar o pvc na conversa.
    esse é mais um idiota que fala de futebol na tv,
    coisa que ele nunca jogou na vida. se der uma
    bola na mão dele, ele calcula o diâmetro dela
    de tão cdf que esse mamão é. antes do jogo só dá dados estatísticos inúteis. durante o jogo solta um mar de obviedades e depois do jogo...
    bom, depois do jogo até a gente aqui consegue, né? mais um "gênio" inventado. de tanto o trajano, kfouri e outros falarem isso, o povo começou a acreditar que aquele mongolóide entende de futebol. para se vingar dos garotos que não deixavam ele jogar na rua, de tão grosso que era, ele ia pro quarto decorar datas, nomes e resultados de jogos e deu no que deu. tá no meu avião, claro.

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  2. A tara do PVC por estatísticas pode ser mesmo fruto de traumas de infância, ligados à incapacidade de fazer três embaixadinhas. E é fato que, se existem duas coisas que não combinam, são elas futebol e estatística. Mas um cara que passa vinte e quatro horas por dia falando sobre futebol, evidentemente tem que acertar de vez em quando. Continuo achando que, ali, ele acertou.

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