segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Pílulas do final de semana.
Começo a desconfiar que o lord tem razão. Nas últimas sete rodadas, o Fluminense abriu o placar em todos os jogos, e não conseguiu manter a vitória em nada menos de cinco deles – nas derrotas para Guarani e Atlético Goianiense fora de casa, e nos empates com Vasco, São Paulo e Palmeiras no Maracanã. E mais: contra Palmeiras e Atlético Goianiense, o time levou gol nos acréscimos. Eu lembro que, no glorioso período são-paulino do recente tricampeonato brasileiro, se o São Paulo fizesse um a zero, o jogo estava liquidado. Não havia quem tirasse a vitória do time. Além de equilíbrio e consistência, está faltando ao Fluminense compreender que uma coisa é fazer uma boa campanha, e outra bem diferente é ter um time espetacular. O Fluminense vem fazendo um bom campeonato, mas não dá para classificar como espetacular um time que tem Fernando Henrique, André Luís, Diguinho, Washington etc. Continua com muita chance de ser campeão, mas o treinador está deixando a peteca cair. 
Meus amigos tricolores Roger e Alê Santos me acusam de perseguir e nunca elogiar o São Paulo. Não é verdade, mas vamos lá: há quanto tempo não dá para elogiar o São Paulo? O problema sou eu ou é o São Paulo? Depois de três vitórias consecutivas – registre-se: contra três times que estão entre os cinco piores do Brasileirão –, o time não viu a cor da bola ontem contra o Botafogo. O primeiro tempo ainda foi lá e cá, embora com mais atitude por parte da equipe carioca, mas no segundo o time de Sérgio Baresi foi engolido. O principal problema do São Paulo é a ligação entre o meio-campo e o ataque. Marcelinho jogou muito contra Atlético Mineiro e Flamengo, e o time foi bem; Marcelinho jogou mal contra o Botafogo, o time sumiu. Marcelinho é muito bom e tem futuro, mas não dá para o São Paulo depender dele, certo? 
Quem brilhou mais uma vez, ontem no Engenhão, foi Joel Santana. Quando o volante Marcelo Mattos se machucou, ele poderia perfeitamente pôr em campo um zagueiro e empurrar Leandro Guerreiro para o meio. Mas não. Dotado de uma coragem ofensiva desconhecida até pouco tempo, Joel colocou o atacante Caio e partiu pra cima do São Paulo. Mais uma vez, deu certo. O homem tá impossível. 
O jogo de sábado contra o Grêmio mostrou por que o Corinthians precisa resolver, com urgência, a questão da ausência de vitórias fora de casa. Como o time vinha embalado no Pacaembu, uma coisa compensava a outra. Mas é óbvio, é claro, é evidente que, tirando os mais fanáticos corintianos, ninguém em sã consciência poderia acreditar que o time fosse vencer todos os seus jogos em casa. Não dá. E aí, não vencer um ou outro jogo fora faz falta. O primeiro tempo da partida foi muito concentrado no meio-campo e com poucas chances. Valeu por um dos gols mais bonitos do campeonato, feito pelo Douglas. No segundo tempo o Corinthians mandou no jogo e Iarley perdeu três chances inacreditáveis: o pênalti, um gol muito mais fácil do que o próprio pênalti e uma jogada na pequena área em que ele furou a cabeçada. Falar em pênalti: meus amigos corintianos que leem o blog não me queiram mal, mas os juízes não estão marcando pênaltis demais a favor do Corinthians? Só nos últimos cinco jogos, foram quatro – e eu, sinceramente, acho que nenhum deles existiu. Reconheço que sou muito rigoroso com essa história de pênalti, mas não sei não. Será que não tem algo a ver com a eleição para a presidência do Clube dos Treze, Andrés Sanchez na chefia da delegação brasileira que foi à África do Sul etc? Que tá estranho, tá.  
Quando era comentarista, Mário Sérgio gostava de dizer que “o desespero é o caminho mais longo para chegar ao gol adversário”. O Flamengo tem todas as razões do mundo para estar desesperado, mas está claro que, neste momento, o maior problema do time é o desespero. Sábado, contra o Vitória, aos seis minutos do primeiro tempo a câmera mostrou o técnico Silas olhando pro relógio. Aí não dá. De qualquer forma, pelo menos o time participou de um jogo de futebol. Levou gol, fez gol, chutou bola na trave no finzinho, esteve perto de ganhar e muito perto de perder. Foi mal, mas ainda assim foi melhor do que nos tempos da mediocridade rogeriolourençeana. 
Botei pra gravar o jogo entre Palmeiras e Vasco, mas pergunto aos meus amigos palmeirenses aqui da agência: vale a pena ver? Tô muito desconfiado de que não vale não. 
Atenção, Jaime e todo mundo que gosta de futebol: no jogo entre Fluminense e Atlético Goianiense, houve uma falta quase na risca da área a favor do Flu. Washington deu um leve toque cobrindo a barreira, o goleiro Márcio sequer se mexeu e a bola bateu no travessão. Nisso, o comentarista Carlos Eduardo Lino disse o seguinte: “e ainda tem gente que diz que o Washington é ruim de bola; quem é ruim de bola não bate uma falta desse jeito”. Bate sim, Lino. Você assiste a qualquer pelada vagabunda de várzea e vê um monte de gente batendo falta com categoria, dando lençol, fazendo golaços de bicicleta. Não parece, mas futebol é muito mais complexo do que isso. E o cara ainda ganha dinheiro pra falar uma bobagem dessas na TV. Carlos Eduardo Lino. Guardem esse nome. E o Jaime já pode emitir o bilhete dele naquele famoso aviãozinho.

Um comentário:

  1. Ufa. Pensei que mais uma vez ia ter como resposta "não vi o jogo do fluminense". A verdade tá aparecendo e o filhodumaputa vai deixar o time fora da libertadores. E olha que esse ano estamos trabalhando no G6, hein? Do São Paulo não tem oq falar bem mesmo. Tá uma merda. O camisa 20 não tem condições de ser titular, ainda mais improvisado na lateral. A bola que o Jean, também improvisado na lateral, perdeu no segundo gol é coisa de criança. O Fernandão daquele tamanho não segura uma porra de bola no ataque. O Ilsinho quer ser meia pq jogava assim na Rússia. Na Rússia? Ah, vai tomar no cu. Até o Gilmar Fubá seria camisa 10 na Rússia. A dupla de zaga tava se cagando toda. Dagoberto tem q ser cortado da próxima lista pra entrar voando contra a porcada. Carlinhos Paraíba... Deixa pra lá esse aí. Mas não vai cair. Logo volta quem tem que jogar e aí sim vou falar se esse Baresi é mais um filhodumaputa ou não, embora tenha todo cacoete pra isso. Quanto ao Carlos Eduardo Lino, ele que vá tomar no cu dele. Nunca deve ter chutado uma bola na vida. Se ele quiser a gente vai num campinho e faço 10 seguidas dessa, igual ao filme do Ronaldinho.

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