quinta-feira, 8 de julho de 2010

Não era mentira.
A seleção espanhola, cantada em prosa e verso desde muito antes da Copa, existe de verdade. Alguém pode rebater: alto lá, a Espanha já tinha vencido a Eurocopa de 2008. Tinha mesmo. Assim como a Grécia vencera a de 2004. Copa do Mundo é Copa do Mundo. É ali que a camisa pesa pra valer (não é, Luís Fabiano?), e aquela penca de placares acanhados na primeira rodada deixa claro que na Copa do Mundo o buraco é mais embaixo. A Espanha, por exemplo, começou perdendo da lamentável Suíça por um a zero. Os dois a zero sobre Honduras não encantaram ninguém. Os dois a um sobre o Chile, com os espanhóis jogando todo o segundo tempo com um a mais, menos ainda. Depois, um magro um a zero sobre Portugal, um magérrimo um a zero sobre o Paraguai e, então, uma obesa vitória de um a zero sobre a Alemanha. Sim, obesa, porque a Alemanha já tinha dado provas de sua força contra dois grandes adversários e passou a ostentar a faixa de favorita. Só que a Espanha atropelou. Todos nós estamos cansados de saber que futebol não tem nada a ver com justiça – o que o torna tão surpreendente e emocionante –, mas o resultado de ontem em Durban premiou a seleção que esteve melhor na defesa, melhor no meio-campo (como joga o Xavi!), melhor no toque de bola e, apesar de continuar concluindo menos do que deveria, mais perigosa no ataque. Uma grande exibição. Arrebentou com as poucas esperanças que eu ainda tinha de beliscar pelo menos o quarto lugar no bolão aqui da agência, mas foi bacana. Teremos uma final grandiosa e sem favorito. Final de Copa do Mundo.

Um comentário:

  1. Sem dúvida a seleção da Espanha tem alguns jogadores de muita qualidade e pode até dar um "chocolate" na Holanda mas, mesmo sendo campeã do mundo o time espanhol não me convence. Outra coisa: se a Espanha vencer, serão aquelas chatices, de que dá pra vencer e jogar bonito, que a melhor defesa é o ataque e todas as outras bobagens.

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