27 de maio: Dia de São Pet.
Depois de Frei Damião, Karol Wojtyła e Irmã Dulce, o blog convoca a bancada rubro-negra para o início da campanha pela santificação de Dejan Petkovic. Que o milagre existiu é fato, pois pôde ser testemunhado por quase setenta mil fiéis, além dos tantos milhões de seguidores que assistiam pela tevê, há exatos dez anos.
Era a última batalha da guerra pelo quarto tricampeonato estadual da história do clube, numa época em que o Campeonato Carioca tinha um nível incomparavelmente mais alto que o de hoje. O adversário era o Vasco, campeão brasileiro e com um elenco onde brilhavam Hélton, Juninho Pulista, Pedrinho, Euler, Viola e Romário (machucado, o baixinho não disputou o último jogo). No lado rubro-negro, o goleiro Júlio César, a dupla de zaga com Juan e Gamarra (que também não atuou na final), o meio-campista Beto, e mais Edílson, Reinaldo, Petkovic.
No primeiro jogo, Vasco dois a um. Era preciso ganhar por dois gols de diferença, porque a vitória rubro-negra por um gol levava o título para São Januário, pela melhor campanha vascaína. Aos quarenta e três do segundo tempo, dois a um para o Flamengo no placar, Fabiano Eller faz falta em Edílson a dez metros da risca da área. Barreira compacta. Na meta vascaína, um dos goleiros mais elásticos que o futebol brasileiro já produziu. Só um milagre salvava. E o milagre aconteceu, por obra e graça de São Pet.
Para os descrentes, é só clicar aqui e observar, sobretudo na imagem de frente pro gol, a inacreditável trajetória da bola e o lugar onde ela entrou. (Amigos corintianos, reparem no cara que aparece de mãos postas, como se estivesse rezando, pouco antes da cobrança: é o lateral Alessandro, dez anos mais novo. E quem vem comemorando lá da linha de fundo, com o número 17 no calção, é ninguém menos que o aprendiz de Imperador, o então iniciante Adriano.)
É Murta, você me fez relembrar do gol do Ricardinho (guardadas as devidas proporções, pois o gol do Pet foi antológico) na semi-final do Paulista de 2001, quando o Gil, ainda quando jogava bola, entortou o "grande" zagueiro André Luiz, rente a linha de fundo e tocou a bola para a entrada da grande área em direção ao Ricardinho, que pegou de primeira, pé esquedo, canto baixo direito do Fábio Costa. Foi lindo, depois foi só cumprir tabela contra o Botafogo de Ribeirão Preto. Fatos como estes só acontecem mesmo no futebol. Com todo o respeito aos amantes dos demais esportes, mas só o futebol nos proporciona essa emoção.
ResponderExcluirGrande abraço.
é que vcs não viram o gol do adãozinho em 2001, no brunão. santo andré e ituano. no último minuto da partida, sandro gaúcho sofre pênalti. todo mundo fica com o cu na mão de bater até que adãozinho (aquele mesmo que jogou no time da cidade satélite) pega a bola e converte. festa total e muito doida. santo andré de volta à primeira divisão.
ResponderExcluirMurta. Já que você está falando em canonização e o caralho a quatro, escuta a transmissão da Rádio Tupi desse gol que entrou para a história e lá no ângulo. Um pouquinho antes da cobrança do Pet, nosso querido Apolinho, profeticamente, anuncia a chegada de São Judas Tadeu. Confere lá. Abs.
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=raoSZawX2DQ&feature=player_embedded
Luiz Eduardo:
ResponderExcluirLá no blog-boteco, eu, Jaime e Guilherme Miller conversamos sobre isso, e eu cheguei a botar na mesa o gol do Ricardinho. Mas o Jaime defende a tese de que a bola parada dá ao gol do Pet o elemento dramático que o torna incomparável. E eu concordo. Aliás, Jaime defendeu também a tese de que, pelo mesmo motivo, todo milésimo gol tem que ser de pênalti.
Jaime:
Absurdo você não ter lembrado, lá no blog-boteco, desse gol do Adãozinho. Porque, aí sim, o do Pet teria um concorrente à altura.
Valois:
São Judas Tadeu pra esse gol aí é pouco. Para aquela bola entrar onde entrou, e naquele momento do jogo, foi necessária a benção da santaiada toda. Menos São Januário, claro.
Abraços pros três.