segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Se fosse assim era fácil, né Tite?
Na derrota de sábado, para o Figueirense, Tite cometeu o mesmo erro que já me fez reclamar várias vezes aqui do Vanderlei Luxemburgo: foi teimoso e desperdiçou quarenta e cinco minutos do jogo, mandando a campo a mesmíssima escalação que não tinha dado certo no meio da semana, no primeiro tempo contra o Atlético Mineiro. Iluminado e sábio, o técnico corintiano deve ter pensado: se não funcionar de novo, eu faço o que fiz lá em Minas. Lanço o Emerson no segundo tempo, trago o Jorge Henrique pra lateral, aí a gente vai lá e créu. Só que a vida não é assim, né Tite? Emerson não jogou nada, Jorge Henrique nada jogou, o time só assustou com um chute do Willian e outro do Alex, e baixou o cabôco Muricy: foram quarenta e cinco minutos de bolas levantadas na área, fazendo o goleiro Wilson e os zagueiros João Paulo e Édson Silva deitarem e rolarem. Quero observar um pouco mais, mas começo a achar que Alex e Danilo não podem jogar juntos, porque ambos são lentos. A diferença é que o Alex é habilidoso e surpreendente, o que torna óbvia a necessidade de sacar o Danilo. Outra: Emerson não funciona no esquema com três atacantes, porque gosta de cair pelas duas pontas e fica meio preso quando um dos lados do campo está ocupado. Mas não vai ser repetindo fórmulas, que ocasionalmente deram certo antes, que Tite vai descascar esses pepinos. Tem que ralar, meu bom. 
Internacional x Flamengo foi um jogo que deixou clara a diferença entre você ter um bom centroavante e você ter um centroavante de bosta. Mesmo numa bola difícil, em que estava de costas pro gol e apertado por um zagueiro, o bom centroavante Leandro Damião acertou uma bela meia-bicicleta e empatou o jogo. Numa bola facílima, em que estava de frente pro gol e com o goleiro Muriel vencido, o Cagalhão Parrudo conseguiu cabecear pra fora, perdendo a chance de fazer três a um e matar a partida. Não quero ser gratuitamente pessimista e nem fazer do pessimismo uma superstição, mas acho difícil o Flamengo ser campeão jogando com o Cagalhão Parrudo. De todos os centroavantes dos grandes clubes brasileiros, ele é de longe o pior. Pior, inclusive, que o patético André Lima, do Grêmio, e que o enganador Alecsandro, do Vasco. Jó que me desculpe, Lucas que me perdoe, mas ontem, com todas as honras e todos os méritos, aquele filho de corno voltou a ser o Cagalhão Parrudo. Fora isso, Inter e Flamengo foi um jogaço, do jeito que eu gosto, com muita marcação, muita seriedade, um jogo em que você percebe que não dá pra vacilar. Quem errar, dança. O Flamengo procurando a vitória por brigar na ponta da tabela e jogar o segundo tempo com um a mais, o Inter não admitindo a derrota por estar em casa. Muito bom de ver. 
No comentário ao post de sexta-feira – que eu só consegui responder hoje –, o Thomas falou dos escanteios infantilmente cedidos pelo Flamengo contra o Atlético Goianiense, e que terminaram em gols. Observação muito bem feita e que conduz às faltas que nossos zagueiros e volantes cometem por deficiência técnica ou burrice. O primeiro tempo de São Paulo e Palmeiras foi equilibrado, com boas chances de gol. Rogério Ceni fez duas defesas difíceis em chutes do Luan, Marcos fez uma grande defesa em chute do Fernandinho e houve, claro, o bonito gol do Dagoberto, com boa limpada em cima do Leandro Amaro e ótima visão. Marcos deu uma facilitada, se adiantando demais e tornando óbvio o toque por cobertura, mas a visão do Dagoberto foi perfeita. No segundo tempo, entretanto, as coisas mudaram: o São Paulo teve objetividade zero; Marcos não correu perigo algum; ao substituir Fernandinho por Marlos, Adílson Batista trocou nada por ninguém; e ao demorar tanto em tirar o Rivaldo, o técnico são-paulino deu a impressão de querer matar o véio. O segundo tempo do Palmeiras foi melhor, mas é temerário dizer se o time empataria ou não se não fosse a falta de experiência, ou de inteligência, do volante Wellington. O cara não sabe que o Palmeiras tem limitações ofensivas que são citadas até por Felipão nas entrevistas? O cara não sabe que a única jogada verdadeiramente perigosa do Palmeiras é a bola parada com o Marcos Assunção? Aí o Kléber domina uma bola de costas pro gol, mais pra perto do meio-campo do que da entrada da área, o Wellington vai e faz a falta. O que vem depois é o de sempre: por que o zagueiro não encostou, por que não marcou o jogador em vez de marcar a bola, por que o goleiro não saiu, etc. Ninguém se lembra de dizer que tudo começou com uma falta desnecessária, numa jogada que não ia dar em nada. 
Depois de um primeiro tempo equilibrado, o Fluminense engoliu o Vasco na segunda etapa, empatou o jogo, mas não conseguiu a virada que esteve bem perto de acontecer. Primeira observação: o argentino Lanzini é bom de bola e pode ajudar o Flu a crescer no segundo turno. Segunda: Ricardo Gomes montou inteligentemente o time do Vasco, a partir de um miolo de zaga bastante firme, com Dedé e Anderson Martins (que não pôde jogar ontem) e de um meio-campo onde o revezamento entre Juninho Pernambucano e Felipe deixa o time sempre com alguém capaz de organizar as coisas. E como poucos times brasileiros têm isso, acaba virando uma bela vantagem. O problema do Vasco está lá na frente. Alecsandro é tudo o que eu mais detesto num centroavante e Éder Luís é um desses atacantes que ou corre ou pensa. Como joga descompromissado, por não conviver com o fantasma da segundona e por já ter garantido sua vaga na Libertadores do ano que vem, o Vasco segue leve e solto no campeonato, com uma pontuação acima do que se podia esperar do time. Outro destaque do clássico carioca de ontem foi a confirmação da inesgotável capacidade do comentarista Paulo César Vasconcelos de falar besteiras. Na recente partida entre Vasco e Botafogo ele só via a organização do time do Vasco, a competência pra virar o jogo, a consciência no toque de bola, enquanto o Botafogo era confuso, errava passes, Felipe Menezes cadenciava demais o jogo etc. Tá. Ok. O problema é que o Botafogo foi fazendo um, dois, e mesmo com o primeiro tempo terminando três a zero pro time de Loco Abreu, Paulo César Vasconcelos continuava louvando as virtudes vascaínas. O Botafogo ainda arrumou um jeito de fazer o quarto gol no finalzinho, fechando a goleada em quatro a zero, e nada do comentarista dar o braço a torcer. Ontem, Márcio Rosário fez pênalti em Alecsandro quando o centroavante vascaíno estava quase na pequena área, cara a cara com Diego Cavalieri, e Paulo César Vasconcelos teve a cara de pau de dizer que o pênalti fora “absolutamente desnecessário”. Não satisfeito, depois ele afirmou em tom solene que Diego Souza, pesado e lento, rende mais quando cai pelas pontas. Eu nunca vi um jogador pesado e lento produzir nada pelas pontas, faixas do campo em que mais se exige que o cara seja leve e ligeiro. Morro de rir.

7 comentários:

  1. magalha #ForaTiteFilhoDaPuta22 de agosto de 2011 às 07:35

    Ei Tite vao tomar no cú!!! Ei Tite vao tomar no cú!!! Ei Tite vao tomar no cú!!! Ei Tite vao tomar no cú!!! Ei Tite vao tomar no cú!!! Ei Tite vao tomar no cú!!! Ei Tite vao tomar no cú!!! Ei Tite vao tomar no cú!!! Ei Tite vao tomar no cú!!! Ei Tite vao tomar no cú!!! Ei Tite vao tomar no cú!!! Ei Tite vao tomar no cú!!! Ei Tite vao tomar no cú!!! Ei Tite vao tomar no cú!!! Ei Tite vao tomar no cú!!! Ei Tite vao tomar no cú!!! Ei Tite vao tomar no cú!!! Ei Tite vao tomar no cú!!! Ei Tite vao tomar no cú!!! Ei Tite vao tomar no cú!!! Ei Tite vao tomar no cú!!! Ei Tite vao tomar no cú!!! Ei Tite vao tomar no cú!!! Ei Tite vao tomar no cú!!! Ei Tite vao tomar no cú!!! Ei Tite vao tomar no cú!!! Ei Tite vao tomar no cú!!! Ei Tite vao tomar no cú!!! Ei Tite vao tomar no cú!!! Ei Tite vao tomar no cú!!! Ei Tite vao tomar no cú!!! Ei Tite vao tomar no cú!!! Ei Tite vao tomar no cú!!! Ei Tite vao tomar no cú!!! Ei Tite vao tomar no cú!!!

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  2. Murta, o gol perdido do centroavante cagalhão, poderia ser descontado do salário dele né? Não é uma boa ideia?
    Beijo

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  3. Magalha,
    Tenho nada com isso. Vocês que são um bando de loucos que se entendam.
    Abraço.

    Camilinha,
    A ideia é ótima, mas inviável. Se ele tivesse o salário descontado a cada gol que perde ou a cada jogada bisonha que faz, chegaria no final do mês devendo.
    Beijo.

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  4. Murtinho,
    A pressão no blog tá grande contra o nosso centro-avante, mas acho que pertenço ao bando de loucos de nosso amigo Magalha, e não vou discordar também de ter sido chamado novamente de Cagalhão Parrudo merecidamente pelo gol que mataria a partida de ontem, mas não há Wanderley ou Jael que me convença que estaremos melhor servido, e nem mesmo o tal do André que foi para o Atlético Mineiro e hoje é reserva do Magno Alves, brincadeira.
    Diego Maurício poderia ser uma opção, mas só joga pelas laterais, correndo que nem um louco, eu até faria uma tentativa dele como centro-avante, não seria pior do que Jael e Wanderley.
    Gostei muito do jogo, e do time também, estava bem, era um clássico e jogar contar eles lá é complicado, mesmo com um a menos , e foi um belo gol do Leandro Damião, mas me desculpe, o passe foi uma tremenda cagada, o cara levantou a bola sem olhar, e caiu como uma luva na única coisa que Leandro Damião poderia fazer, lindo gol.
    Achei que o "pirulito" estava bem melhor, mais a vontade, me fazendo acreditar que é questão de ritmo de jogo, mas o tal do Felipe,mesmo não tendo culpa nos dois gols, foi inseguro de novo em algumas bolas, e copiando o nosso amigo Thomas Herdy, "eu matei a Elisa Samudio,não foi o Bruno, podem soltar ele,rsrrsrsrsrr", e domingo que vem tem jogão, vão tremer de novo, rumo a liderança.
    Vou falar em outro comentário do Bahia X Santos, mas precisamente do Ganso e do programa de domingo Esporte Espetacular sobre o elegante e craque Geraldo.
    Abraços, Jó.

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  5. Jó (primeira parte),

    Seu comentário me pôs pra pensar, e acho que devo algumas explicações.
    Reconheço que sou exigente demais com centroavantes, e talvez seja menos culpa deles do que de algumas bobagens que acabaram virando verdades. A primeira: centroavante está lá pra botar a bola pra dentro. Falso. Centroavante está lá pra se movimentar, abrir espaços, cair para os lados do campo, prender a bola enquanto o meia e os laterais se aproximam, tabelar, passar os noventa minutos atazanando a vida dos zagueiros – e, além de tudo, botar a bola pra dentro.
    É fácil? Não. Já escrevi num post mais antigo que essa é a posição mais difícil do futebol. Minha implicância é com os caras que jogam paradões ali, não ajudam em nada e ainda reclamam que a bola não chega. Vamos esquecer o Romário, o Ronaldo Fenômeno e o Careca, que eram fora-de-série, e vamos ficar com os normais.
    Voltemos no tempo, ao nosso tempo de Maraca.
    Com certeza você lembra do Roberto, que fazia dupla de área com Jairzinho no Botafogo. Baixando ainda mais a bola, com certeza você lembra do Luisinho Tombo, irmão do César Maluco e do Caio Cambalhota, que surgiu no América e depois foi pro Flamengo. Nenhum dos dois era craque, mas como davam trabalho! E isso num tempo em que não havia quinhentas câmeras nas transmissões esportivas e o pau comia sem que ninguém visse. Zagueirões tipo Moisés e Fontana encostavam no cara e a marcação era feita à base de joelhadas nas costas, bicos no tornozelo, valia até exame da próstata. Roberto e Luisinho, dois exemplos entre muitos, não se intimidavam e quanto mais apanhavam, mais trabalho davam. E o que eles faziam quando a bola sobrava na área? Ora, ora, ora: botavam pra dentro.
    Nada me irrita mais do que um cara que atua como “homem de referência”. Quase sempre isso é sinônimo de nêgo ruim de bola parado entre os zagueiros. Adotei inclusive um critério: sempre que vejo um jogo em que o resultado não me importa, acabo torcendo pelo time que não tem o tal “homem de referência”. Não consigo torcer pelo Real Madrid por causa do Higuaín e do Benzema. Por outro lado, torço sempre pelo Barcelona, cujo atacante mais avançado – David Villa – atua quase que aberto pela ponta. O Barcelona não tem “homem de referência”. Será apenas uma coincidência?

    (continua)

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  6. Jó (segunda parte),

    Voltando ao nosso rubro-negro: também não acho que Diego Maurício seja a solução, por ter outro estilo, não vejo muito como sair desse buraco e creio que o responsável é o Vanderlei Luxemburgo, por não ter admitido há tempos que o time precisava de alguém ali.
    Assim que acabou a temporada de 2010, Luxemburgo dispensou – acertadamente – Toró, Cléberson, Corrêa, Cristian Borja, Val Baiano, Diogo e Petkovic. Demorou muito a dispensar o Fernando, mas acabou se convencendo na segunda rodada desse Brasileirão. Mas continuou acreditando no Cagalhão Parrudo e não se preocupou em procurar outro cara pra posição. Quando se convenceu, era tarde, o que obrigou o clube a algumas tentativas desesperadas, como a que foi feita pra tirar o Kléber do Palmeiras. Aliás, aquilo foi a prova mais contundente, o reconhecimento definitivo de que o nosso centroavante não está à altura do time. Posso estar enganado, e tomara que esteja, mas a demora em reocnhecer o óbvio talvez tenha sido fatal.
    Também gostei da atuação do Alex Silva. Tudo aponta para uma boa melhora da nossa zaga. E o Felipe não foi inseguro, ele é inseguro. A campanha lançada pelo Tomas Herdy, embora politicamente incorreta, é genial.
    Rapaz, você sabe que eu cheguei aqui na agência ontem e a primeira coisa que o Magalha me falou foi dessa matéria do Geraldo? Não assisti, mas vou ver se encontro na internet.

    Abraço grande.

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  7. Murtinho,

    Veja se acha na internet a reportagem sobre o Geraldo, vai valer a pena voltar alguns anos e relembrar o elegante e travesso jogador, craque de alto nível que tivemos o prazer de ver jogar, e voce complementou esta semana nostálgica com seu comentário sobre alguns centroavantes que nao temos como nao lembrar, alem dos xerifes que enfrentavam, nao tendo muito que comentar, somente concordar, então vamos seguir ....

    Gostaria realmente de entender a permanência do CAGALHAO PARRUDO, ou melhor, porque nao foi um dos dispensados do barco que o Luxemburgo fez e comentado por voce, e ainda mais, ficamos atras do Kleber, André sinal que a posição nao tinha ninguém agradando, e nosso querido Wanderley Luxemburgo nao quiz nem saber de Adriano e Wagner Love, campeões brasileiros em 2009,
    pois na certa o CAGALHAO PARRUDO poderia ser um bom reserva, da para entender ?

    Como estava interessado na reportagem do Geraldo no domingo, assisti a uma outra reportagem sobre um jogo de maior número de gols numa partida, nao sei se de pontos corridos, entre Bahia e Santos, 7X4 para o Santos, e segundo o Tino Marcos, acho que era ele, um show de Robinho e DIEGO, e complementou, o Neymar e o GANSO de hoje, e mais uma vez optei em assitir ao Santos de GANSO e cia. ao invés do clássico carioca Flu e Vasco, inclusive para secar o Vascao, e só nao lamentei totalmente pois vi um um bom jogo, com o Bahia sufocando o Santos, mas no final, vitoria do peixe, nao merecida, e mesmo sem muito brilho, o Neymar e um jogador diferenciado.

    Ah,o GANSO, sofreu o penalti e mais nada, MAIS NADA MESMO, inclusive numa bola lancada pelo Neymar para ele dentro da area, se atrapalhou com as pernas e a bola saiu, jogada bem característica do CAGALHAO PARRUDO.

    Pois e, nao dou sorte nos jogos do GANSO, continua com os passes para os lados e para trás, lento, parecendo sem vontade de jogar, e já fiz este comentário e comparação, esperando estar errado, mais aproveito o comentário do Tino Marcos e so muda as duplas, Robinho com Neymar, e DIEGO COM GANSO, com o GANSO no mesmo patamar de futuro que o DIEGO, vai sumir, e nao e implicância, torço para assitir a um grande jogo dele, para fazer parte da unanimidade sobre ele, mas hoje, ta dificil

    Abraços,

    JO

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