Rebatendo a proposta do Thomas. (Ou: Jaime, por favor, volte amanhã.)
Pra fechar aquela discussão sobre o pênalti, que o Jaime tanto odeia, Thomas Newlands sugeriu um post que avaliasse outra sugestão, desta vez para punir com tiro livre direto o time que fizesse um determinado número de faltas.
Thomas, seguinte: em princípio, concordo com o Jaime e não sou a favor de mudanças nas regras do futebol, apesar de achar que algumas coisas bem que podiam ser repensadas. Uma: como sou radicalmente contra a disputa de pênaltis e a favor da prorrogação até que alguém vença – nada substitui o clássico “primeiro gol acaba” das nossas peladas –, acho que se poderia pensar em aumentar o número de substituições nos jogos que fossem para prorrogação. Outra: não concordo com a permissão que os goleiros têm de defender com as mãos bolas atrasadas sem intenção. Pra mim, devia haver rigor absoluto: atrasou com o pé, um abraço. Com ou sem intenção, o goleiro que se vire.
Mas, no geral, não gosto de mexidas constantes nas regras de esporte nenhum, nem mesmo naqueles que a gente não pode chamar de esporte. No vôlei, por exemplo, acho dois absurdos terem acabado com a vantagem e passarem a permitir que os jogadores toquem na bola com os pés. No futebol de salão, acho uma esculhambação poder fazer gol de dentro da área e goleiro ficar trocando bolinha no meio da quadra.
Conceitualmente, a discussão do pênalti surgiu não por achar que a regra precisa mudar, mas para pensar em algo que reduza a possibilidade de erros dos juízes definirem as partidas.
Para encerrar, antes que o Jaime desça mais uma vez o cacete no blog: é possível, Thomas, que você ainda não acompanhasse o jorgemurtinhofc, mas escrevi um post no dia 21 de maio de 2010, com o título “Desde quando um gol vale mais que o outro?”, que lá no meio fala dessa história de punição ao número de faltas.
Não concordo com a ideia não, mas dá uma lida lá.
Concordo com você, Jorge, na questão de mudarmos o mínimo possível as regras do jogo e me lembro da discussão quanto ao gol valer mais que outro (gols fora de casa usados como critério de desempate em confrontos mata-mata), mas acho importante não esquecermos que o futebol evolui e com ele, acho que as regras também devem evoluir. Apenas como exemplo, achei excelente a mudança de 2 para 3 pontos por vitória (apesar de mal me lembrar como eram os campeonatos antes disso), mas já estou me desviando da discussão.
ResponderExcluirA minha sugestão é que haja algum tipo de punição aos times que fazem mais faltas do que outros. Isso provavelmente agravaria o problema do poder de influência da arbitragem no jogo, mas há de se pensar uma maneira. Sua sugestão quanto ao mata-mata é boa, mas sinceramente os gols fora de casa não me incomodam tanto assim. Não sei se a melhor ideia seria os tiros livres diretos como foi testado anos atrás no Paulista. Outra ideia poderia ser por exemplo a suspensão automática do jogo seguinte de determinado jogador que atingisse certo número de faltas acumuladas no campeonato. Tenho achado que apenas os cartões têm sido muito pouco para desincentivar os times a fazerem faltas e precisamos de algo mais. Tenho certeza que o recurso da falta faz parte do jogo, mas tem que haver algum tipo de punição mais forte, mais exemplar. Não dá mais pra achar que nego vai ficar feliz perdendo o campeonato mas ganhando o troféu de Fair Play da FIFA que mais parece uma bailarina, né?
pensei que o FC que acompanha no nome do seu blog fosse FUTEBOL clube... mas vamos lá: gol fora de casa vale mais pra times do nível do botafogo não jogarem tão retrancados fora de casa e o jogo correr. qto ao número de faltas, não entendi. futebol é bom pq é simples. poucas regras. não tem punição por erro no rodízio, pisar na linha ou não arremessar em 30 segundos, essas merdas que a gente aprendeu na educação física e mais uma vez vc coloca como exemplo no blog.
ResponderExcluirThomas: sim, a mudança dos dois pontos para três por vitória foi excelente. Mas o Jaime tem razão quando diz que uma das coisas que fazem o futebol ser tão bacana é ter regras simples. O que defendi naquele antigo post lá foi que essa tal punição mudava demais o foco do jogo, e dei até o exemplo do Denílson. Número de faltas não me incomoda. Basta que tenhamos bons juízes. Lucas andou falando sobre isso numa resposta a outro comentário seu: será que nossos times fazem mesmo tantas faltas, ou será que os nossos juízes é que marcam faltas demais?
ResponderExcluirJaime: discordo. Poucas vezes eu vi um time tão ruim e tão retrancado quanto um tal de Universitário, que enfrentou o São Paulo na Libertadores do ano passado e embaçou o jogo inteiro, pra levar para os pênaltis. Levou e perdeu, bem-feito. Gol fora de casa valer o dobro não incentiva ninguém a jogar mais aberto.
Dei o exemplo do vôlei sim, mas deixei claro que não se trata de esporte, ok?
Abraços.
a desgraça do universitário jogo retrancado aqui, pq o cagão do r.gomes fez o São Paulo jogar assim lá. se tivesse jogado pra frente ia ter feito um gol lá, não ia jogar com um quilo de merda no calção aqui e o jogo não iria para os pênaltis. onde já se viu ter medo de tomar gol do universitário no peru, aqui ou na pqp?
ResponderExcluirAí, não há o que discutir: assino embaixo. Mas como você mesmo disse, o São Paulo jogou assim lá, o Universitário jogou assim aqui, ou seja, ninguém se viu estimulado a jogar mais pra frente. Sei lá.
ResponderExcluirAbração.