terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Ilá-ilá-ilariê, ô ô ô.
Há algum tempo, li na Veja uma extensa matéria sobre a longevidade da Xuxa na televisão brasileira. Marlene Mattos ainda era empresária da apresentadora, e um dos trechos tratava exatamente do nível de influência que ela exercia. Explicando como a coisa funcionava, Marlene contou que em todo final de ano ela chamava Xuxa em seu escritório e falava mais ou menos o seguinte: “Querida, quando esse ano acabar você vai ter mais de tantos milhões na sua conta bancária. Com esse dinheiro você nunca mais precisa trabalhar na vida. Agora, se você decidir continuar, é pra fazer direito.” 
Acho que todo mundo que gosta de futebol tem a obrigação de ser fã do Ronaldo Fenômeno, um dos três maiores centroavantes brasileiros que eu vi jogar – os outros dois foram Careca e Romário. Mas, apesar de toda a admiração que devemos ter por ele, é preciso admitir que Ronaldo tem faltado com respeito ao torcedor corintiano, ao torcedor brasileiro, ao futebol e a ele mesmo. 
Outro dia o Pedro Saud tuitou algo assim: “Se o Christian Bale perdeu mais de vinte quilos pra fazer ‘O vencedor’, não dá pro Ronaldo emagrecer uns cinco quilinhos pra jogar pelo Corinthians?” Na verdade ele precisaria emagrecer bem mais que isso, mas cinco quilos já tornariam a situação um pouco menos constrangedora. Não quer, tudo bem, tá no direito. Mas aí segura a onda, segue o conselho da Marlene Mattos e para.

7 comentários:

  1. Quando li que o Ronaldo havia sido contratado pelo Corinthians fiquei com aquela ruga de preocupação na testa. Passados 05 minutos, analisei com outros corinthianos a contratação e mudei e opinião, que jogada de mestre do Corinthians!!! Embora acima do peso jogou o suficiente para encantar a torcida e os brasileiros em geral. Passados 08 meses já se via que o cara estava engordando, mesmo porque vieram as contusões, normal, ele tinha crédito. Chegou 2010 e ele engordou um pouco mais, mas o cara tinha crédito, contudo, o Corinthians não ganhou nada no ano e o crédito diminuiu. Eis que chega 2011 e o cidadão engorda mais ainda. Outro dia vi quando ele chegou ao time, impressionante, ele estava magro perto do que está hoje e o pior é que apenas fazia exercícios físicos no Flamento e não jogava há tempos. Sinceramente, se ele está com vontade de jogar, "se divertir" como ele mesmo diz, não judie da nação corinthiana, seja responsável. Dá para emagrecer meu amigo, é só querer. Caso contrário, é melhor encerrar a carreira e se dedicar ao Corinthias de outra forma. Ele ajudou bastante, mas agora está começando a atrapalhar.
    Abraços a todos.

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  2. Caro Luiz Eduardo,

    Não sei como isso funciona em outras terras, mas me impressiona a dificuldade que os jogadores brasileiros têm para perceber que chegou a hora de parar. Ano passado, num desses programas com os gols da rodada, vi o Aloísio Chulapa comandando o ataque do Brasiliense - isso depois de uma passagem risível pelo Vasco na série B. E o Belletti? Foi campeão do mundo pela seleção brasileira em dois mil e dois (na reserva, mas tava lá), fez o gol de um dos títulos do Barcelona na Liga dos Campeões da Europa, e agora não está nem na lista dos vinte e cinco inscritos pelo Fluminense para a primeira fase da Libertadores.
    O que mais desanima no Ronaldo é que, pelo que a gente viu desde que chegou ao Corinthians, ainda dava pra ele continuar jogando. Fácil.
    Mas não com aquele peso. Não daquele tamanho. Uma pena.

    Abração.

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  3. O que Ronaldo precisa mesmo é de um bom técnico, um mestre. Só alguém como o Muricy poderia dar jeito nele. Se o Muricy fez o que fez pelo SP, imagina o que não faria com o talento do Ronaldo nas mãos.

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  4. vou falar oq de uma pessoa que coloca "SP", quando vai falar do time que torce. SP é a PQP, seu FDP.

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  5. Uma honra ser citado em tão augusto espaço!

    Não tenho o quê comentar a não ser concordar e invocar aquela outra célebre frase, a de que se trata de um "ex-jogador em atividade".

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  6. Jaiminho, isso é fruto da intimidade. Anos de pura paixão pelo tricolor permitem esse tratamento. ABÇS

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  7. Paulo Asano e Jaime Agostini acabam de dar o pontapé inicial nesse embate que tem tudo para se transformar num marco da cultura brasileira, seguindo a linha das discussões entre Noel Rosa e Wilson Batista, entre Caetano Veloso e José Guilherme Merquior, entre Romário (o príncipe) e Edmundo (o bobo da corte).

    Pedro Saud: a honra é toda do blog. Apareça mais vezes, para engrossar o caldo das críticas ao Wellington, ao David Brás, ao Renato Abreu e ao Filho do Demo (não falo mais o nome dele).
    Grande abraço.

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