quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Atendendo um gremista injuriado.
Meu grande amigo e compadre Beto Callage, gaúcho dos bons, no estilão analista de Bagé, daqueles que dizem buenas, se apresentam e já vão puxando a faca, reclama que o blog não tem dado ao Grêmio a atenção que a campanha no segundo turno merece. A reclamação procede. Vi apenas cinco jogos completos do Grêmio no campeonato, embora eu tente acompanhar as novidades do time pelo genial blog da Claudia Tajes (www.saraueletrico.com.br/blogs/claudia). Tirando o jogo contra o Flamengo no Maracanã – ambos foram péssimos, mas o Grêmio do primeiro turno não é mesmo para ser considerado –, no segundo turno não gostei do time contra Flamengo e Fluminense, e gostei muito contra Corinthians e Cruzeiro. 
Contra o Corinthians, no Pacaembu, vitória por um a zero e um dos gols mais bonitos do Brasileirão, feito pelo Douglas. O desempenho do time foi atrapalhado pelo juiz Francisco Nascimento, que no início do segundo tempo inventou um pênalti a favor do Corinthians e, não satisfeito, aproveitou para expulsar o Vílson. Victor pegou o pênalti e o Grêmio teve que passar o resto do jogo se defendendo, mas mostrou equilíbrio e macheza. 
Contra o Cruzeiro, no Olímpico, jogaço e vitória por dois a um, só que aí o árbitro foi a favor: mal assessorado pelo bandeira Fabrício Vilarinho, Paulo César Oliveira anulou um gol legítimo do Wellington Paulista quando o placar ainda estava um a um. Entretanto, o time foi bem e o jogo foi ótimo. 
O Beto me cobra, também, elogios ao Renato Gaúcho. Prefiro esperar. Ainda o considero um técnico falastrão demais e com títulos de menos – que eu me lembre, só ganhou a Copa do Brasil de 2007 pelo Fluminense. E Copa do Brasil, vamos combinar, né? Apesar de ser inegável que o Renato conseguiu injetar confiança nos caras e tirar o melhor de cada um, ocorre o seguinte: é sempre mais fácil reverter situações negativas quando não se tem a cobrança pelo título, como aconteceu com Joel Santana no Flamengo em dois mil e sete e está acontecendo com Dorival Júnior no Atlético Mineiro. Não tô dizendo que seja simples ou que não mereça elogios, mas é muito diferente do técnico que tem a responsa de levantar o caneco. Esse ano, Renato fez um trabalho e tanto. Agora vamos aguardar o ano que vem, pra ver se o time e o treinador têm munição pra disputar o título de verdade. 
Porque, aí sim, o bicho pega.

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