sexta-feira, 18 de março de 2011

Adriano. Como o Flamengo não tem nada melhor, ou sequer parecido, vale o risco.
No final do ano passado, quando começaram as especulações sobre o possível retorno de Adriano ao futebol brasileiro, escrevi um post que defendia duas teses. 
Primeira: maloqueirão clássico e incorrigível, Adriano só pode jogar no Flamengo, no Corinthians ou no Atlético Mineiro. 
Segunda: entre esses, seria melhor optar pelo Corinthians. Naquele momento, Ronaldo sabia que estava chegando a hora de parar e que era preciso alguém pra dividir a responsa de encarar a Libertadores. Além disso, eu achava que, por toda a confusão gerada na última passagem do Imperador pelo Flamengo, o clima no Rio seria esquisito. Pra vocês terem uma ideia: outro dia a imprensa carioca armou um furdunço só porque o cara foi visto bebendo chope numa churrascaria. Aí não há cristão que aguente. 
Mas as coisas mudaram no Corinthians, e com a contratação do Liédson o comando do ataque deixou de ser prioridade para o clube. Restam o Atlético Mineiro, que acabou de perder Diego Tardelli, e o Flamengo, que sabidamente não tem ninguém que se aproxime do conceito de centroavante. No entanto, o professor não quer. 
Reconheço que deve ser complicado administrar trinta caras despreparados quando um deles desanda a fazer bobagem, só que técnico ganha também pra isso, não? Até entendo a posição do Luxemburgo, mas não apóio. Aliás, eu e a torcida do Flamengo, que parece disposta a suportar a instabilidade de Adriano para contar com alguém que saiba o que fazer com a bola da intermediária adversária pra frente. 
Os movimentos favoráveis ao retorno de Adriano deixam claro que o torcedor tá se lixando para o que ele faz fora de campo, desde que resolva lá dentro. Concordo e digo mais: se o advogado de defesa conseguisse montar um júri só com torcedores rubro-negros, e no dia do julgamento mostrasse o DVD do Bruno defendendo aqueles dois pênaltis do Ganso no mesmo jogo, na reta final do Brasileirão de dois mil e nove, a absolvição era batata. 
Enquanto fazia gols e ganhava o Brasileirão, Adriano sempre foi apoiado pela torcida rubro-negra. Parou de ganhar, neguinho caiu de pau. Simples. Torcedor se importa é com o que o jogador faz dentro de campo. Além disso, acho de um falso moralismo absurdo essa história de que Adriano é ídolo e tem que servir de exemplo. Ora, o cara é um centroavante nascido e criado na Vila Cruzeiro, que ficou famoso e enriqueceu às custas do próprio trabalho e sem roubar ninguém. As duas pessoas a quem o Adriano precisa servir de exemplo são os filhos dele. Quanto aos outros, cada um que cuide dos seus. 
Quando houve a crise com Neymar, Dorival Jr. declarou numa entrevista coletiva que o treinador de futebol é, mais do que qualquer coisa, um gerenciador de problemas. Se Vanderlei Luxemburgo ganha, sei lá, quatrocentos ou quinhentos mil reais por mês e não consegue gerenciar o Adriano, alguma coisa tá errada.

2 comentários:

  1. desde q o Luxemburgo se conhece por tecnico ele tem essa porra desse "pojeto" q nunca da certo .... passa clube e nada acontece... foi-se o tempo em q o "pofecho" era unaminidade como tecnico... eu acho q o Adriano nao qr sair do Rio... se o Ronaldo nao estivesse aposentado acho q ele ate poderia curtir a noite com os "R" mas agora tb acho pouco provavel e se vier por alguma exigencia da nike ou algo assim vem pra fzr corpo mole....
    Murta vale lembrar o "outro" "pojeto" e a filosofia implantada pelo "pofechô" com Roomario, Edmundo e Savio (esse num era nada).... parecia um sonho e virou furada....
    deixa o Impedador jogar com o Joel Murta kkkkkk .... he will play very good

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  2. Magalha: já começo a achar que poderia ser legal o Adriano jogar no Botafogo, ainda mais com o Joel lá. Ele tem a manha, e talvez conseguisse se entender com o Imperador. O que eu não concordo é com essa postura do Vanderlei (como tô escrevendo no post dessa segunda) de não aceitar sequer discutir o assunto. Em primeiro lugar, porque o comando do ataque é o calcanhar de Aquiles desse time do Flamengo. Em segundo lugar porque, em dois mil e nove, o cara chegou lá e levou o clube a um título que não via há dezessete anos. Isso é fato e, como dizia meu pai, contra fatos não há argumentos.

    Abração.

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