quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Era muita areia para o caminhãozinho do Goiás.
Quando Wellington Saci (sim, ele) arrancou em velocidade estonteante pela lateral do campo e cruzou na cabeça de Rafael Moura, e quando Rafael Moura (sim, ele) tocou no contrapé do goleiro argentino Navarro com um tempo de bola e uma categoria impressionantes, qualquer pessoa com um mínimo de bom senso e apego à realidade deveria desligar a tevê e dormir. Mas não. Futebol tem algo mesmo de inexplicável, que prende a gente até quando parece que estamos tendo visões. 
O Thomas acertou em cheio no comentário que fez ontem aqui no blog: o time do Independiente é horroroso e o jogo foi um peladão emocionante. No primeiro tempo, porque daí em diante passou a ser só um peladão. Ao Goiás, faltaram camisa e tradição em decisões; ao Independiente, sobraram as vantagens de jogar em casa. É isso que faz com que os gols duvidosos que você marca sejam validados e os gols duvidosos que você leva sejam anulados. Quem não é muito chegado em futebol não consegue entender direito essa história da vantagem de jogar em casa, e costuma perguntar: mas se a torcida não entra em campo, se são onze contra onze, se os gramados têm mais ou menos as mesmas dimensões e a bola é sempre igual, o que é que muda? Pois a decisão de ontem foi um excelente exemplo de como jogar em casa pode mudar tudo. 
Outra coisa que ficou bem clara: toda vez que o jogo for entre um clube brasileiro e um clube argentino, e houver a possibilidade de levar a partida para a prorrogação, pra nós é negócio. O condicionamento físico dos nossos times é sempre muito melhor. No final da história, valeu para o Grêmio, que seria prejudicado por esse casuísmo de tirar a vaga na Libertadores do quarto colocado no Campeonato Brasileiro. E, da mesma forma que aconteceu nas últimas rodadas do Brasileirão, o Flamengo continua cumprimentando com o chapéu dos outros.

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