Neymar e Paulo Henrique. Sem precipitação.
Neymar é rápido, habilidoso, parte pra cima e joga pra frente. Paulo Henrique tem uma percepção do jogo que virou raridade no futebol brasileiro. Tudo bem, mas vamos com calma. Pra chamar alguém de craque, o buraco é mais embaixo. O cara tem que levar o time nas costas, tem que ganhar clássicos embaçados, tem que conquistar títulos importantes. A questão não é de idade, mas de portfolio. Robinho e Diego tinham mais ou menos a idade dos dois quando se classificaram para as finais, eliminaram o São Paulo, tiraram o Grêmio, ganharam do Corinthians e foram campeões brasileiros. Aí sim, deixaram de ser promessas e puderam reivindicar o rótulo de grandes jogadores. Neymar e Paulo Henrique ainda não fizeram nada disso. Pelo contrário: em 2009, Neymar fracassou no Mundial Sub-17, Paulo Henrique disputou o Mundial Sub-20 sem brilho algum e ambos fizeram parte do time que terminou o campeonato brasileiro em 12º lugar. Aliás, também falta chão pro time do Santos ser considerado tudo o que tem sido. No ano passado, nessa mesma época, o Palmeiras era um time rápido, envolvente e incisivo, Keirrison era o novo monstro da grande área etc. O Palmeiras não ganhou o estadual, saiu cedo da Libertadores e entregou de bandeja o Brasileirão mais fácil de todos os tempos. Keirrison parou de fazer gols, não foi aproveitado pelo Barcelona, virou reserva no Benfica e agora é reserva na Fiorentina. Pra que a pressa? Neymar e Paulo Henrique jogam um futebol encantador e têm tudo pra virar craques. Mas não custa nada esperar um pouquinho.
O maior problema do Neymar é jogar com aquela golinha da camisa levantada. Pra mim é muito, mas muito fashion!
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