sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Aceito propostas para nunca mais ver jogos do São Paulo. Quem se habilita?  
Quarta-feira, Corinthians e Fluminense foi chato. Cheguei a dar umas cochiladas. Tá certo que tem o inaceitável estado do gramado do Engenhão, tem o fato de o Corinthians estar no Brasileirão a passeio, mas o principal motivo da monotonia foi que os quatro caras responsáveis pela armação – Douglas e Danilo no Corinthians, Wagner e Thiago Neves no Fluminense – não jogaram nem pedra em santo. Pra falar a verdade, Wagner foi quem começou, de um jeito bisonho, o lance que terminou com o gol de Emerson, e Thiago Neves levantou a bola pra área no gol de empate do Fred, em mais uma linha de impedimento mal executada pela defesa do Corinthians (ver post publicado na última segunda-feira, 27 de agosto). Era um jogo que prometia, mas que acabou igual à minha conta no banco antes do dia trinta. Devendo. 
Surpresa alguma na goleada do São Paulo sobre o Botafogo. O São Paulo veio animado com a quebra do tal tabu no Pacaembu e o Botafogo sofre de indigência ofensiva crônica. No iníco do ano, o time tinha não sei quantos atacantes – Loco Abreu, Herrera, Caio, Maicosuel, Elkeson. Sobrou o Elkeson. Fica difícil. Mas o real motivo da vitória do São Paulo foi outro: a partida aconteceu na mesma hora do jogo do Flamengo. Essa é a fórmula para o São Paulo sair da seca. 
O que o futebol tem de mais bacana são, exatamente, as coisas inexplicáveis. Certos jogos, inexplicavelmente, podem mudar a história de um campeonato. Por exemplo: se o São Paulo ganhar o Brasileirão 2012, esse jogo certamente terá sido o do último domingo, contra o Corinthians no Pacaembu. A mesma coisa acontece com cada partida: uma jogada é capaz de alterar seu rumo. Ontem, em Volta Redonda, com quinze minutos de jogo o Flamengo vencia por um a zero e, apesar de muito cedo, o Sport já parecia conformado. Mas aí o Marllon, que todos sabemos ser um zagueiraço, da estirpe de um Luís Pereira, de um Amaral, de um Mozer, de um Ricardo Gomes, decidiu sair jogando pelo meio. Errou, como era de se esperar, o Sport empatou e o time de Dorival Júnior retornou aos piores tempos de Joel Santana. O Flamengo não tem quem arme as jogadas. Além disso, Negueba e Thomas, que vem cumprindo suas funções táticas de forma razoavelmente satisfatória, não têm agressividade alguma, não têm o mínimo de capacidade de conclusão, não assustam ninguém. Ou seja: quando o time faz um gol, isso precisa ser valorizado ao extremo. Quando o time consegue uma vantagem no placar, isso precisa ser encarado como a glória suprema. Não pode o zagueirinho jogar a vantagem no lixo do jeito que o Marllon fez ontem.

3 comentários:

  1. como te falei inadmissível o Rio de Janeiro oferecer um estadio com uma gramado assim... so o futebol fosse serio no Brasil a entidade q cuida do futebol e tem sua sede no Rio de Janeiro vetaria um jogo nesta condição .... o resultado foi o jogo em q um jogador escorrega de forma bisonha dando um gol pro meu time e num jogo em q temo 4 armadores o destaque vai pra zagueiros e volantes de fazenda..... e na CBF seeeegueee o jogoooo

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  2. Jaime, agora ninguém segura,31 de agosto de 2012 às 11:35

    muito mais brilhante q a venda do lucas por 100 milhões para o psg, foi a manobra que a diretoria do São Paulo fez na CBF. mexeu na tabela e, como numa virada de mesa, marcou todos os jogos do time no mesmo dia e horário dos jogos do flamengo. o pq, todos q acompanham esse uruquento blog já sabem, né? saímos do rumo à série b para rumo ao hepta.

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  3. Magalha:
    Não gosto muito de me meter nessas histórias porque não sou jornalista, não tenho como apurar, não possuo fontes de informação e o objetivo do blog é falar bobagem sobre futebol como a gente fala no botequim. A questão é que a CBF é muito mais uma entidade política do que esportiva. O gramado do Engenhão é uma pocilga, mas se alguma medida punitiva for tomada contra a Federação do Rio de Janeiro, isso pode contrariar interesses. Aí, melhor deixar quieto. Dane-se o tornozelo do Seedorf, a panturrilha do Fred, o joelho do Juninho. Dane-se o esforço que os clubes fizeram para contratar esses caras. E, acima de tudo, dane-se o torcedor, que é obrigado a assistir a jogos em que, simplesmente, a bola não rola. Entretanto, apesar da sua indignação ser justíssima, vale lembrar que o gramado do Engenhão é horroroso há muito tempo, e foi lá que eu já vi o Corinthians dar baile no Fluminense, no Botafogo, no Flamengo, foi jogando lá que o Fluminense ganhou o Brasileirão de 2010. Sábado passado, o primeiro tempo de Fluminense e Vasco foi péssimo e o segundo foi um jogão. Como o gramado não melhorou no intervalo, acho que isso não explica tudo.
    Abraço.

    Jaime:
    Ok. Mas isso tem um preço.
    Abraço. E manda um beijo bem grande pra Amanda pelo dia de ontem.


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