Os torcedores do Flamengo que não se iludam: o time está sim na briga pra não cair.
Sábado o Palmeiras foi mais uma vez beneficiado pela inconsequência de um jogador adversário. Já acontecera contra o Flamengo, quando Ibson foi tolamente expulso aos vinte e nove minutos do primeiro tempo, Barcos fez um golzinho logo depois e o time garantiu os três pontos. Na partida contra o Grêmio, o idiota da vez foi – um doce pra quem adivinhar –, claro, o Kléber, expulso com apenas dezessete minutos. Com um a mais o Palmeiras caiu pra dentro, mas perdeu muito tempo levantando bolas na área, que é a pior coisa que qualquer time pode fazer quando tem onze contra dez. O Grêmio fez o que era possível e mostrou um espírito de luta que, estranhamente, a gente só costuma ver em nossos times quando eles se veem com um a menos em campo. Além disso, jogou com uma disciplina defensiva que nunca foi o ponto forte do técnico Vanderlei Luxemburgo. Pode parecer contraditório, e é, mas a coisa funciona mais ou menos assim: o Grêmio não chega a ser um time bom, mas é um time forte. Já o Palmeiras é fraco, mas não é mais fraco do que o Náutico, o Flamengo, a Portuguesa, a Ponte Preta ou o Bahia. A pressão e a ansiedade podem custar caro.
Sábado o Palmeiras foi mais uma vez beneficiado pela inconsequência de um jogador adversário. Já acontecera contra o Flamengo, quando Ibson foi tolamente expulso aos vinte e nove minutos do primeiro tempo, Barcos fez um golzinho logo depois e o time garantiu os três pontos. Na partida contra o Grêmio, o idiota da vez foi – um doce pra quem adivinhar –, claro, o Kléber, expulso com apenas dezessete minutos. Com um a mais o Palmeiras caiu pra dentro, mas perdeu muito tempo levantando bolas na área, que é a pior coisa que qualquer time pode fazer quando tem onze contra dez. O Grêmio fez o que era possível e mostrou um espírito de luta que, estranhamente, a gente só costuma ver em nossos times quando eles se veem com um a menos em campo. Além disso, jogou com uma disciplina defensiva que nunca foi o ponto forte do técnico Vanderlei Luxemburgo. Pode parecer contraditório, e é, mas a coisa funciona mais ou menos assim: o Grêmio não chega a ser um time bom, mas é um time forte. Já o Palmeiras é fraco, mas não é mais fraco do que o Náutico, o Flamengo, a Portuguesa, a Ponte Preta ou o Bahia. A pressão e a ansiedade podem custar caro.
Faz parte da gloriosa tradição rubro-negra levar pelo menos uma goleada anual na região sul do país. Como o Flamengo vencera o Figueirense em Florianópolis e perdera para o Grêmio em Porto Alegre por apenas dois a zero, a partida contra o Inter era um jogo de cartas marcadas. E quatro a um foi muito pouco. Vou repetir o que escrevi várias vezes aqui no início do Brasileirão: a reconhecida fraqueza do elenco e a inexplicável autossuficiência de certos jogadores continuam fazendo do Flamengo um sério candidato ao rebaixamento. Apesar de todas as tentativas e dos indiscutíveis esforços de Dorival Jr., os oito pontos que separam o clube da zona fatal podem rapidamente cair para três ou quatro, e aí, junto com a ruindade generalizada e a autossuficiência de dois ou três caras que se recusam a jogar sério, também vão entrar em campo a mesma pressão e a mesma ansiedade que tanto têm atrapalhado o Palmeiras.
Durante muito tempo, quando não havia o televisionamento maciço dos jogos como temos hoje, adquirimos o péssimo hábito de analisar as partidas ou a qualidade dos jogadores sob a ótica dos Gols do Fantástico. Nada mais enganoso. E nada mais injusto com os goleiros, que muitas vezes faziam milagres no jogo inteiro, tomavam um mísero golzinho numa bola defensável e levavam fama de frangueiros. Vejo isso acontecer, por exemplo, com o Fábio do Cruzeiro. É um dos melhores goleiros do Brasil, mas pelo menos aqui em São Paulo é tido como frangueiro. Eu não sei se os Gols do Fantástico mostraram que, no primeiro gol do Inter, apesar da falha ridícula do Ramón – como é ruim o Ramón, ave-maria! – a jogada começou numa dividida em que o autossuficiente Léo Moura entrou com pezinho de moça. Não sei se os Gols do Fantástico mostraram que, no terceiro gol do Inter, a jogada começou com uma falsa malandragem do autossuficiente Ibson, que quis bater uma falta propositalmente em cima de um adversário e acabou armando o contra-ataque. Depois vai pro banco – e olha que é preciso muito esforço para ir pro banco nesse time do Flamengo – e fica fazendo beicinho.
Apesar de ter reclamado das falsas impressões provocadas por programas como os Gols do Fantástico, vou seguir o fluxo e cair na tentação. A única coisa que vi de Bahia e São Paulo foi o gol de Gabriel – e só vi depois que o jogo já tinha acabado, registre-se – e lembrei que, apesar da vitória do São Paulo sobre o Corinthians na semana passada, Jaime Agostini não abdicou de seu direito de esculhambar o Rhodolfo, por querer fazer o que não sabe e entupir o time de riscos. Não deu outra. Ontem ele quis sair jogando pelo meio, entregou o ouro e o São Paulo tomou o gol. Cansei de ouvir essa frase do meu pai: errar é humano, mas insistir no erro é burrice.
Murta! Eu vi o Léo Moura fazer carinho na grama com a ponta da chuteira, antes do primeiro gol do Inter. Eu vi a palhaçada do Ibson no terceiro gol dos caras. Eu vi o Negueba fazer a esolha errada, pelo menos uma 300 vezes. E vi um monte de merda sendo feita pelo Ramon, pelo Thomás, pelo chileno ipanemense, mas eu fui ficando cego. Cego de raiva. Essa porra tá começando a me fazer mal. Ligo a TV pra me divertir e a única coisa que não faço é me divertir. Tô começando a pensar em largar tudo. Tirar umas férias. Abraço.
ResponderExcluirValois:
ResponderExcluirAndo aprimorando uma fórmula pra não cair nisso aí que você vem sentindo.
Quando o Flamengo ganhou dois jogos seguidos – sim, bastaram dois jogos pra começar essa onda –, o pessoal começou a falar bobagens como G4 e tal. Absurdo, mas paciência. Entretanto, li uma declaração do Zinho em que ele dizia mais ou menos o seguinte: se vier o G4, ótimo, mas eu estou me preparando mesmo é para o ano que vem. Pelo menos foi sensato, já que esse ano está mesmo perdido e resta não cair.
Mas voltando à tal da fórmula, é o seguinte: me convenci de que, esse ano, é masoquismo torcer contra qualquer um dos times grandes. Nossa briga é lá embaixo, e por isso fiquei mais irritado no empate em casa contra o Sport do que com essa goleada ontem. Aliás, sou meio imune a goleadas. Num campeonato longo como o Brasileirão, é muito difícil alguma coisa ser decidida pelo saldo de gols. Então, não tem jeito: tá perdendo, se joga e seja o que Deus quiser. Vai que dá uma sorte.
Portanto, meu conselho é esse: esqueça os jogos contra Atlético Mineiro, Fluminense, Corinthians, São Paulo etc. Nosso negócio é tentar garantir os pontos de que precisamos contra Figueirense, Atlético Goianiense, Bahia, por aí.
Mesmo assim, meu camarada, não se engane: vais sofrer.
Abração.
Beleza. Vou seguir sua fórmula. Abração!
ResponderExcluire vc vem com esse papo que só viu o gol do bahia depois q o jogo acabou...
ResponderExcluire o rhodholfho é mesmo um arrombado.
ontem morreu o Russo .. artilheiro de um gol e q gol.. maracanã meio a meio parece q o jogo é em SP nunca mais vamso ver iso no futebol.. uma pena.. http://www.youtube.com/watch?v=F1rCpdvMllQ
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