segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Agora sim, o Fluminense é líder de verdade. 
Até ontem, toda vez que alguém olhava a ponta da tabela do Brasileirão tinha que dar um desconto, por causa do bendito jogo adiado entre Atlético Mineiro e Flamengo. Quando o Atlético era líder, o comentário a ser feito era esse: o Atlético é líder e ainda tem um jogo por fazer. Quando o Fluminense ultrapassou o Galo, sempre vinha a ressalva: sim, o Flu é líder, mas se o Atlético ganhar do Flamengo recupera a liderança. Depois desse fim de semana, com o Fluminense chegando a cinquenta e seis pontos e o Atlético a cinquenta e dois, o tricolor sai da vigésima-sexta rodada na condição de líder incontestável do Campeonato Brasileiro, situação que vai continuar mesmo que o Atlético vença o Flamengo depois de amanhã – o que deve acontecer. Futebol é futebol, o Flamengo está um pouco mais animadinho, mas é óbvio que o Galo é o favorito. 
Tenho gostado de ver o Atlético Mineiro jogar, sobretudo lá no Independência. O estádio é apertado, os adversários sentem o bafo da torcida no cangote, o juiz é pressionado, os caras botam uma tremenda correria e caem pra dentro. É bem legal. Entretanto, continuo achando o que já disse aqui algumas vezes: não dá pra manter aquela pegada o campeonato inteiro, e o time já sentiu. Vai ser dificílimo o Atlético ficar com o título. 
O problema do Grêmio é outro. É um time firme na defesa, tem dois bons volantes (Fernando e Souza) e um contra-ataque perigoso, mas quando o jogo é quente pra valer, como foi o de ontem e como deve ser a maioria deles daqui pra frente, Elano e Zé Roberto põem meio metro de língua pra fora e precisam ser substituídos por Marquinhos e Léo Gago. Aí o time vai do vinho à tubaína, e não há quem aguente. 
Como já disse aí em cima, o Flamengo está mais animadinho, não jogou mal em nenhuma das três últimas partidas, mas não passa a menor firmeza. Diante do formidável leque de nulidades de que dispõe, o pobre-coitado do Dorival Jr. não tem muito o que fazer, a não ser adotar a tática do tentativa e erro. Foi assim que, depois de algumas rodadas como titulares absolutos, Thomas agora sequer senta no banco e Negueba quase foi parar num time da segunda divisão sem chances de subir pra primeira – castigo que eu pedi aqui no blog para ele e Wellinton, depois da derrota para o Coritiba. O cara que foi destaque na conquista da Copinha em 2011, e era visto como uma das grandes revelações da Gávea, virou troco do Cléber Santana. 
No mais, sai técnico, entra técnico, e só Marcos Assunção salva.

Um comentário:

  1. Negueba não é Craque, mas virar moeda de troca pelo Cleber Santana deve ser humilhação pra qualquer jogador. Só quem teve Cleber Santana sabe o drama.

    ResponderExcluir