Gripe e distância dos Jogos Olímpicos.
A gripe me deu uma derrubada no fim de semana e sobrou tempo para atividades típicas de quem não deve sair de casa. Foi possível chegar à metade das quase seiscentas páginas de “As Correções”, de Jonathan Franzen, emprestado pelo chefe; pude pôr em dia os episódios atrasados de “Preamar”, da HBO; revi “Meia-noite em Paris”; me diverti acompanhando mais um capítulo da briga entre Obina e Índio, que já dura cinco anos, e vendo jogadores engraçados como Tufão e Wellington Paulista, que seria um ótimo reforço para o genial ataque formado por Didi, Dedé, Mussum e Zacarias.
De Olimpíadas, quero distância. Tirando Usain Bolt – “que forma mais ma-lu-ca a desse homem!”, excitou-se o ex-velocista e comentarista bissexto André Domingos –, nada mais me interessou. E ontem fui dormir com a sensação de haver perdido milhões de coisas sensacionais, porque sintonizei o SporTV para acompanhar meu lanche noturno e de quinze em quinze segundos os especialistas citavam alguém que tinha feito história. Nunca achei que sentiria saudade dos comentaristas de futebol.
Tudo que eu falei sobre Grêmio e Fluminense, há dez dias no Estádio Olímpico, serve para Vasco e Corinthians, ontem em São Januário. É impressionante como os nossos times mais importantes estão se especializando em fazer clássicos horrorosos.
Palmeiras e Inter, no sábado, foi treino. De um lado, um time organizado, agrupado e compacto; do outro, só vontade. Sem Valdívia, que não é nenhuma coisa do outro mundo, mas ali faz uma falta danada, o Palmeiras fica bastante parecido com o Flamengo.
Por incrível que pareça, dos três jogos que vi o melhor foi Cruzeiro e Ponte Preta. A Ponte conseguiu repetir aquela marcação forte e disciplinada que a fez eliminar o Corinthians nas quartas de final do último Campeonato Paulista, além de armar contra-ataques perigosos. O jogo foi movimentado e mostrou uma cena inédita: vaiado a cada lance pela torcida, depois de dois ou três erros tolos no meio-campo, o volante cruzeirense Charles passou a reger as vaias, como se pedisse mais. E ainda desafiou o técnico Celso Roth: “Se quiser me tirar, pode tirar”. Nunca tinha visto isso.
O Flamengo está de parabéns, por ter conseguido passar pela rodada sem perder.
reparem: ele não viu São Paulo e flamengo. O São Paulo ganhou. ele não viu São Paulo e sport. o São Paulo ganhou. fica jj! desliga a tv, murtinho!
ResponderExcluirSe você não acompanhou as Olimíadas, perdeu o comentário do supracitado André Domingos, elogiando o "impressioante o trabalho que a Gra-Bretanha está fazendo pelo esporte."
ResponderExcluirO cacete, Murta. O que a Grã-Bretanha está fazendo pelo esporte é dar asilo pra africano correr sob o manto da Union Jack. Parece o time da Alemanha - lembra? - com Joaquim, Manoel e Eustáquio.
M'Gumba Bonwora, Sawanora Bdouli são alguns dos nomes que acabo de inventar, por total impossibilidade de ter guardado o nome dos novos compatriotas do Churchill.
Quem merece uma medalha de ouro mesmo, é o canadense Marshall McLuhan quando previu que o mundo iria se transformar nesta bosta que é a tal da aldeia global. Abraços e melhoras.
prefiro ver a Olimpíada do q aeu goleiro jogando #prontofalei
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