quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Rogério Ceni que nada: o Rei do Morumbi é Jaime Agostini.
Assim como acontece aqui no blog, Jaime manda e desmanda no Morumbi e cercanias. O cara embica o carro no estacionamento onde uma placa informa, em letras garrafais: LOTADO. Além disso, um funcionário (certamente legalizado, com carteira de trabalho, FGTS em dia, aposentadoria garantida etc.) faz uma expressão desolada e junta os dedos da mão indicando que não há espaço nem para uma mosca. Quem disse? O Rei do Morumbi para o carro no meio da rua, puxa o freio de mão e sai na captura do Bigode, o dono do estacionamento. Segundos depois, o carro está lá dentro, devidamente protegido. Não é permitido vender cerveja no entorno do estádio – proibição que, claro, não se aplica ao estacionamento do Bigode, que funciona como um principado, um estado independente. Três ou quatro latinhas depois, nosso rei parte em busca de ingressos pra mim e pro Gabriel. Tinha que ser no Setor Azul, onde ele costuma acompanhar os jogos ao lado de amigos tão alucinados quanto, e nada de aparecerem os ingressos. Pergunta se ele ficou preocupado? Não há exagero em comparar sua atuação ali com a do time do Barcelona, que sabe pacientemente que uma hora o gol vai sair. Os tais ingressos no Setor Azul apareceram a preços exorbitantes, que o Jaime não permitiu que eu pagasse. Calma, Murta, calma que vai rolar. Igualzinho ao Barcelona. Daqui a pouco ele aparece com dois ingressos para o Setor Laranja. Como assim, Jaime? Nós não vamos ver o jogo juntos? Fica frio, Murta. Entra com o Gabriel, mantenha sua direita e lá em cima a gente joga a resenha em cima do cara. Dito e feito. Entrei pelo Laranja, segundos depois um portão secreto se abriu e lá estávamos nós devidamente instalados pra ver a festa. Jogos festivos costumam não dar muito certo, porque quase sempre têm muita comemoração e pouco futebol, mas ontem o convidado caiu do céu. O São Paulo jogou mais ou menos como sempre, mas o Atlético Mineiro foi uma piada. O estranho é que você olha a escalação do time e tem a sensação de que daria pra sair coisa boa. Mas não sai nada. A única bola que foi pro gol do Rogério Ceni entrou, sem que ele tivesse culpa alguma. Foi uma festa bonita e merecida, ainda mais nesses tempos em que nossos craques costumam beijar quatro ou cinco escudos por ano. E foi divertido ver que a torcida do São Paulo adora o Rogério quase na mesma proporção em que odeia o Juan. Valeu, conselheiro! 
Nos almoços aqui da agência, os não-tricolores costumam acusar o São Paulo de praticar um futebol chato. Quando isso acontece, o são-paulino Alê Santos pergunta por que só reclamam do São Paulo, já que o Palmeiras tem um jogo muito chatinho também. Os dois lados têm razão. Felipão armou o time no estilo típico do futebol de resultados, só que os resultados andam meio envergonhados (como o próprio Felipão falou para o lateral Cicinho, no jogo de ontem) e ainda não apareceram. Pra não sair da linha, faço questão de registrar mais um momento-vergonha das nossas transmissões esportivas. Pouco antes do segundo gol do Atlético Paranaense, Cleber Machado disse que aquela era a melhor atuação de Henrique desde que voltara ao Palmeiras. E Caio exagerou: está fazendo um partidaço. Na jogada seguinte, Henrique deu uma lamentável cabeçada pra trás, largando o Marcos numa tremenda roubada – e a gente sabe que, apesar de grande goleiro, Marcos não resolve bem situações como aquela. Quanto a Cleber Machado e Caio, falaram da desatenção na marcação, da precipitação do Marcos e nenhuma palavra sobre a pixotada do Henrique. Bobagem dos dois: é comum, no futebol, o cara fazer uma boa partida e errar num lance importante. Faz parte. Cleber e Caio podiam até ter brincado com isso, mas preferiram se fingir de mortos. Ficou feio.
Já que no parágrafo acima se falou de jogo chato, vale o registro: esse campeonato já teve o momento do Corinthians, já teve o momento do Flamengo e agora tem o momento do Botafogo. Ninguém está jogando de forma tão rápida, tão eficiente e tão boa de se ver.  Ontem o time foi ajudado pela injusta expulsão do zagueiro cearense Fabrício ainda no primeiro tempo, mas tem sido uma surpresa bacana. Vamos ver se vai ter fôlego pra chegar brigando no fim.

6 comentários:

  1. Muritnho,
    muito bom poder te ver novamente.
    Um grandessíssimo abraço
    Mofarej

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  2. magalha FORA TITE FILHO DA PUTA!!!!8 de setembro de 2011 às 07:58

    Bons tempos em q se comemorava o milesimo gol e nao jogo.....

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  3. murta, a foto tá no meu face.

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  4. Gostei de como foi feita essa festa para o Rogério Ceni, merecida por sinal, foi num jogo válido, o que não se tornou aquela chatice de festas de contratação de "craque" (acho que Adriano e Luis Fabiano só ano que vem??), de despedida e assim por diante.
    Falar desse jogo é só falar do São Paulo, por que o "Galo" não existiu, o que no papel não corresponde, mas o tempo tá passando e o caminho para a série B já está começando a se desenhar.
    Os comentários lamentáveis e inacreditáveis dos narradores e comentaristas, em que estamos de total acordo, é de doer, tento por várias vezes ver o jogo sem som, mas confesso que o barulho da galera, as ordens dos técnicos captadas pelos microfones a beira do campo, várias delas hilárias, me fazem falta e acabo colocando o som na TV, procurando um narrador e um comentarista "menos ruim", mas Cleber Machado e Galvão Bueno nem pensar, assim como Paulo Cesar Vasconcelos e o Caio "bam bam".
    E minhas filhas botafoguenses estão rindo de orelha a orelha, e como joga o tal do Renato, que simplicidade e precisão.
    Hoje tem Mengão, a coisa tá começando a ficar feia, e o que dizer depois da declaração de Ronaldo Angelim sobre o Wellington "Ele tem que voltar, ruim com ele, pior sem ele ". Estamos mal.
    Abraços,

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  5. Mofa,
    Prazer te ver lá e prazer te ver pela primeira vez aqui no blog. Apareça sempre.

    Magalha,
    Difícil perder hoje (o menguinho tá uma draga), mas será que se perder o hômi cai?

    Jaime,
    Já vi. Foto histórica! Gabriel se amarrou.

    Jó,
    Os outros jogos eu vejo com narração e comentário, pra me divertir e ter assunto aqui no blog. Mas os do Flamengo não dá não. Se for pra me irritar, basta o que o time vem jogando.
    Renato tá comendo a bola, provando uma vez mais que volante pode (e deve) saber jogar, mas o mais bacana no Botafogo é o sentido coletivo do time. Vide o gol do Loco Abreu ontem.
    Não sei que miolo de zaga o Luxemburgo vai escalar - tanto faz, qualquer opção é ruim - mas a primeira providência seria barrar o Angelim, para parar de falar bobagem.

    Abraços.

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  6. magalha FORA TITE FILHO DA PUTA!!!!8 de setembro de 2011 às 15:46

    se nao cair por bem cai por mal......

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