quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Talento desperdiçado. Ou, como diria Macunaíma: ai, que preguiça!
Há jogadores que não merecem o talento que têm. Roger é um deles. Na última rodada do primeiro turno, no jogo contra o Palmeiras no Pacaembu, o Cruzeiro perdia por dois a zero quando Roger entrou. O Cruzeiro virou pra três a dois e venceu. No jogo de domingo contra o Atlético MIneiro, ele entrou aos trinta do segundo tempo, quando o Cruzeiro perdia por quatro a um. O time diminuiu pra quatro a três e faltou pouco pra chegar ao empate. Parece aquele personagem do Harvey Keitel em Pulp Fiction, que se classifica como “um resolvedor de problemas”. Só que futebol não é cinema, e nem sempre o problema consegue ser resolvido. Quando Roger está em campo, fica claro que ele é um jogador diferente e acima dos demais, mas que mal aguenta quarenta e cinco minutos. Tá velho? Não: Roger foi assim a carreira inteira. Ídolo no Fluminense, campeão brasileiro pelo Corinthians, teve boa passagem no Grêmio, a torcida do Flamengo gostava dele, enriqueceu, adormece escutando a voz rouca da Deborah Secco, ou seja, é o que se costuma identificar como um jogador de futebol bem-sucedido. Mas é o tipo do cara que teria ido muito mais longe não fosse a preguiça macunaímica. Pena.

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