sexta-feira, 11 de maio de 2012

Rapidinhas sobre as oitavas da Libertadores. 
Não podemos confundir as coisas. A passagem do Emelec da fase de grupos para as oitavas foi emocionante e épica, mas o time é uma bosta. Futebol tem isso. Há jogos sensacionais e vitórias inesquecíveis até na quarta divisão, como havia nos Campeonatos de Pelada do Aterro do Flamengo, patrocinado pela Caderneta de Poupança Delfin, e também nos empolgantes rachas aos sábados lá na Lauro Muller. Como eu não via chance do Emelec fazer um jogo minimamente interessante contra o Corinthians no Pacaembu, na quarta-feira preferi assistir a Lanús x Vasco. Sábia resolução. Jogo clássico de Libertadores: muita marcação, muita correria, muita milonga e muito pouca técnica. O Vasco fez um bom primeiro tempo, esqueceu de voltar para o segundo e, apesar da temerária decisão de mandar o Renato Silva cobrar um dos pênaltis, conseguiu seguir adiante. Corinthians x Vasco era um dos pegas que eu queria ver nas quartas. Nenhum dos dois está tão bem quanto esteve no ano passado, mas devem ser dois grandes jogos. 
Fluminense e Inter foi emocionante, mas a grande verdade é que foi um peladão. Havia bons jogadores em campo, mas nenhum esteve especialmente bem – o melhor foi o Oscar –, e o que mais chamou a atenção foram as falhas das duas defesas. E defesa errando o tempo inteiro é fatal em torneios como a Libertadores. De qualquer modo, foi melhor que o Fluminense tivesse seguido adiante do que se tivesse sido o Inter, um time que já desisti de tentar entender. O Inter que tenho registrado em minha cabeça sempre teve boa técnica – os extraordinários Falcão e Carpegiani, o zagueiraço Figueroa – e muita disposição. Um time de jogo intenso e, portanto, difícil de ser batido. Não sei quando e nem exatamente por que, há algum tempo o Inter se transformou num time pedante, que joga um futebol frio e com ar superior. Ganhou a Libertadores de 2006 e de 2010, ok, mas só perde para o Atlético Mineiro o lamentável título de grande clube brasileiro que está há mais tempo sem conquistar um Brasileirão – inacreditáveis trinta e dois anos. Não entendo a razão da empáfia. 
Teremos jogos sensacionais – Corinthians x Vasco, Fluminense x Boca –, mas tudo isso pareceu ficar menor e a grande pergunta é: existe na América do Sul algum time capaz de parar o Santos? 
Balanço das bolas paradas nas oitavas: Fluminense dois, Inter um. Fluminense classificado com dois gols de cabeça em lances de bola parada. Libertad dois, Cruz Azul zero. Libertad classificado com dois gols de cabeça em lances de bola parada. Tá ficando chato.

2 comentários:

  1. Achei todos os confrontos das quartas os melhores possíveis diante das opções que tínhamos nas oitavas e, animado por isso, arrisco meus palpites.

    Boca x Fluminense - confronto duríssimo, mas ao inverso do que houve na primeira fase, o Fluminense não jogou essa bola toda contra o Inter (mas tem time para voltar a fazê-lo quando quiser) e o Boca voltou a jogar bem, a impor seu jogo (por absurdo que possa parecer, o Unión Española não era galinha morta). Os xeneizes vem com a faca nos dentes, sentiram a derrota na Bombonera da 1ª fase e, principalmente, querem vingar a eliminação em 2008. A rivalidade é grande, mas aposto nos hermanos.

    Vasco x Corinthians - os dois melhores times brasileiros do ano passado, mas deve ser um confronto burocrático, mais por culpa dos paulistas. Aposto na eficiência do Curíntia.

    Santos x Vélez - excelente confronto, ambas as equipes sabem jogar mas têm defesas frágeis, imagino que tenhamos bons placares. Aqui, não tem como apostar contra o Neymar.

    U. Chile x Libertad - O Libertad joga bem direitinho, mas La U vem gradativamente recuperando o futebol do final do ano passado, apesar das saídas de Eduardo Vargas e do grande zagueiraço melhor das américas González. Tudo bem que o Dep. Quito não era essa coca-cola toda, mas depois daqueles 6x0, tem como não acreditar em La U?

    Assim, nas semifinais teríamos um Corinthians x Santos (dado que não podemos mais ter finais nacionais) e La U x Boca. Tá bonito.

    Ps.: E o Flamengo, hein? Parece que já tá há uns 15 dias sem levar um golzinho sequer em jogos oficiais.

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  2. Grande Thomas:

    No post publicado em 25 de abril, declarei minhas preferências para as oitavas e a única coisa que não aconteceu foi o Nacional de Medellin passar pelo Velez. Mas eles se meteram em confusão, entraram em crise, mandaram técnico embora, e mesmo assim deram trabalho.
    Além disso, como as preferências se baseavam nos jogos que eu gostaria de ver nas quartas, cabe a errata: o Velez vai dar mais trabalho ao Santos do que o Nacional de Medellin daria. Acho que o Santos segue, mas o osso será um pouco mais duro.
    Quanto às suas previsões, concordo com todas. E o Fox Sports deu uma sorte danada: a Libertadores tá bem boa, muito melhor que a do ano passado, por exemplo.
    A zaga rubro-negra segue inexpugnável, e as chegadas de Jorge Luiz e Amaral tornam irreversível nossa caminhada rumo ao hepta.

    Grande abraço.

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