segunda-feira, 12 de março de 2012

Campeonato Paulista e Campeonato Carioca: ou mudam ou morrem.
Ronaldo Fenômeno disse, na semana passada, que o Campeonato Paulista tem que mudar. Sugeriu que fosse mais curto e com uma fase de classificação disputada exclusivamente pelos pequenos, enquanto Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo participariam somente da fase final. A entrada cada vez maior de dinheiro nos clubes grandes causa uma disparidade espanhola em relação aos demais, e o melhor retrato do atual Campeonato Paulista é aquele zagueiro do Botafogo de Ribeirão Preto se embucetando feito vaca braba e rolando feio no chão, no lance do gol de Maikon Leite no jogo de ontem. Se fosse na Copa Kaiser ou no saudoso Campeonato de Pelada do Aterro do Flamengo, já seria uma lástima. 
No Rio, assim que o primeiro turno acabou, os presidentes de Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco deram declarações a favor de mudanças no Campeonato Carioca. Falaram da urgência em torná-lo mais rentável, reduzindo o número de participantes e diminuindo o período do torneio, para permitir que semifinais e finais sejam disputadas em dois jogos. E quem tomou a frente da reivindicação foi o presidente do Flu, justamente o clube que acabara de ganhar o turno. Espero que a presidenta do Fla abandone o ridículo mimimi desencadeado pela história do Thiago Neves e não se negue a remar junto. 
O Campeonato Carioca precisa ser menor e reservar um número maior de datas para os jogos decisivos. Mas o Paulista precisa mudar tudo, porque ainda está pra ser inventado campeonato mais previsível. 
Só pra não dizer que não falei de bola rolando: a expulsão de Ronaldinho Gaúcho no Fla-Flu de ontem confirma o que escrevi sobre ele no post do dia 14 de fevereiro. Perto de completar trinta e dois anos, tendo sido titular absoluto da seleção brasileira campeã do mundo em 2002 e do Barcelona que conquistou a Champions League em 2006, eleito o melhor do mundo pela FIFA em 2004 e 2005, Ronaldinho joga como um iniciante de dezessete anos disputa a copinha. Ontem, com os dois times poupando mais da metade dos titulares por causa da Libertadores, ele obrigou seus companheiros a correr e se desgastar muito mais – Vágner Love, por exemplo, saiu de campo morto. Não cabe discutir se o primeiro cartão foi correto, e não foi. O que importa é que não havia a menor necessidade de fazer a falta do segundo cartão, numa dividida no meio-campo e com dois a zero para o Flamengo no placar. Incompreensível e injustificável. 
Vale destacar, ainda, a inesgotável capacidade que a Federação de Futebol do Rio de Janeiro tem para descobrir juízes horrorosos. Eduardo Cordeiro Guimarães, de quem eu jamais tinha ouvido falar, não precisou se esforçar pra manter o padrão das arbitragens cariocas. Errou tudo, o tempo inteiro e contra os dois lados. Mais um para a imensa coleção.

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