sexta-feira, 27 de julho de 2012

Será que com dois a menos em campo melhora? 
O aniversariante do dia, o palmeirense Walter Biz – mais conhecido pelas alcunhas de Kride e Tremenda Vibe –, sempre gostou de futebol, mas tem gostado cada vez menos. Kride alega que futebol está ficando muito chato e se tornou um ardoroso defensor da ideia de se tirar um jogador de cada time. (Um pouco antes de Sócrates morrer, eu vi o doutor radicalizar e defender a retirada de dois jogadores de cada lado. Sócrates deveria estar de porre, claro, mas a verdade é que o pessoal está perdendo o gosto.) 
Na quarta-feira, diante da imensa cesta de opções oferecida pelo pay-per-view do Brasileirão, escolhi Grêmio e Fluminense, no Estádio Olímpico. Jogo horroroso. Correria improdutiva, festival de trombadas, bateção de cabeça, pouca inteligência. O Fluminense entrou com três zagueiros, além de dois volantes com alma de zagueiro. O Grêmio, jogando em casa e com ambições maiores do que nos últimos anos, não apresentou um pingo de inspiração e pouco incomodou Diego Cavalieri. Agora: todo mundo marcando, marcando, marcando. Parecia jogo de decisão, em que os vinte e dois se superam, se concentram, marcam o campo todo e o tempo inteiro. Numa decisão a gente entende, é um ano inteiro de trabalho e pressão resumido ali naqueles noventa minutos, mas na décima-segunda rodada do campeonato? Francamente, se for sempre assim, vale lembrar mais uma das máximas de João Saldanha: estão matando a galinha dos ovos de ouro. 
Mas, mesmo não tendo visto nenhum dos outros oito jogos da rodada, não pode ter havido nada mais triste e desanimador do que Flamengo e Portuguesa. A lusinha só não venceu o jogo, até com certa facilidade, provavelmente por um excesso de respeito pela história rubro-negra e pelo fato da partida ser no Rio. No último fim de semana, o grande Fafá tuitou o seguinte: “Parabéns à diretoria do Flamengo: conseguiu me afastar de qualquer jogo do time nesse ano! Feito dos mais improváveis de todos os tempos!” Outro dia li que estudos de uma tal de Pluri Consultoria garantem que em 2028 a torcida do Corinthians, no Brasil, será maior que a do Flamengo. 2028? Só? Acho que a Pluri Consultoria deve ser lotada de rubro-negros fanáticos, porque não há quem adquira amor por um clube indo ao estádio ver o Hernane jogar ou testemunhando atuações absurdas de seu time. Como a de ontem.

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