O início fulminante do Atlético, a estreia de Seedorf e o Flamengo no lucro.
Apesar do leiaute bandeiroso, o blog tenta ser imparcial. Com mais de ¼ do Brasileirão já disputado, nada mais justo do que dar uma conferida no Atlético Mineiro, pelo espetacular desempenho nas onze primeiras rodadas. Não acredito em título do Atlético, porque vai ser impossível manter até o fim o ritmo que o time mostrou até agora e porque existe o fator Cuca. Não é mau técnico, já armou bons times no São Paulo e no Botafogo, dirigiu o Fluminense na inacreditável recuperação que livrou o clube do rebaixamento em 2009, mas é um chorão, não tem aquela pegada que a gente identifica nos vencedores. Só vendo pra crer. O resultado da partida de sábado foi um pouco enganoso, e na verdade o Sport mais perdeu do que o Atlético ganhou, o que só aconteceu após uma desastrosa intervenção de outro dos nossos treinadores metido a gênio – Vagner Mancini. O jogo estava um a um e pau a pau. Menos de um minuto depois de Mancini ter feito uma substituição que transformou o sistema defensivo do Sport numa peneira, o Atlético fez o segundo gol, e dez minutos mais tarde o placar já estava quatro a um. O dono do jogo foi Bernard, que parece mesmo ser um excelente atacante. Já tinha feito aquela jogada genial no gol de Jô, na vitória sobre o Grêmio lá no Olímpico, e conseguiu a proeza de participar diretamente dos quatro gols do time no sábado. Superou o imarcável Obina, que participou dos três do Palmeiras.
Claro que o jogo da rodada foi Botafogo e Grêmio, por causa da estreia do Seedorf. Apesar da idade e do evidente final de carreira, não lembro de outra contratação tão bombástica do Botafogo, algo que mexesse tanto com seus torcedores. No primeiro tempo, Seedorf se movimentou razoavelmente e chegou a fazer uma grande jogada, que por muito pouco não terminou em gol. No segundo tempo, Seedorf sumiu. Mas foi uma estreia decente. Já o jogo foi muito bom. Quer dizer: precisamos considerar que o conceito de jogo bom tem mudado do vinho pra água. A correria sem inteligência, a marcação a todo custo, o insuportável número de bolas levantadas na área, tudo isso vem transformando o futebol numa coisa diferente, e tem feito com que a gente superestime equipes apenas eficientes e confunda jogo movimentado com grande jogo.
Diante do que foi defendido no post de segunda-feira passada, publicado sob o título “O quinhão de felicidade”, a rodada foi boa para o Flamengo. A derrota para o Cruzeiro era mais do que esperada, embora o time tenha atuado com muito mais vergonha na cara do que no jogo com o Corinthians. Mas vale reforçar o raciocínio. Como vai brigar pra não cair, o Flamengo tem que torcer sempre contra seus adversários diretos: Atlético Goianiense, Bahia, Coritiba, Figueirense, Náutico, Ponte Preta, Portuguesa e Sport – ou seja, os oito clubes menores. Se bem que o Coritiba está apenas se recuperando do trauma provocado por dois vices consecutivos na Copa do Brasil, que o transformaram numa espécie de Vasco com um pouco mais de frio. É bom time. E também não acredito em queda da Portuguesa, que é rápida e traiçoeira. De qualquer forma, nenhum desses oito fez mais de três pontos nas três últimas rodadas. Tudo sob controle.
Ouvi dizer que lá no Rio, o Seedorf já é chamado de Sidão.
ResponderExcluirEu tb nao acredito num time q tenha o Cuca, Ronaldinho Malabrista e Danilinho... alias todos falando q o Malabarista fz um gol dos tempo de Barcelona... zagueiro meia boca e facil cortar....
ResponderExcluirQuanto ao flamengo valeu o fds a entrevista do fanfarrao Joel Santana no Esporte Espetacular... um craque