Por favor: vamos acabar com essa bobagem de uma vez por todas.
Interessadíssimo em garantir o primeiro lugar geral na fase de grupos da Libertadores, o Velez Sarsfield entrou em campo ontem, contra o Defensor do Uruguai, cheio de sono e de reservas. Perdeu, claro. Um dos poucos titulares escalados foi o conhecido zagueiro Sebá Dominguez, que o técnico faz questão de não poupar em hipótese alguma, na esperança de que ele sofra uma lesão séria ou receba cartões, seja expulso, preso e condenado à prisão perpétua.
Repito o que escrevi no último post: os argentinos não ligam a mínima pra essa história, e tenho a impressão de que só no Brasil isso é levado a sério. Parece a mídia tentando a todo custo dar importância a jogos que não valem mais nada – como os do Corinthians e do Fluminense hoje. E o mais engraçado é como a gente esquece rápido das coisas. Na Libertadores de 2010, Corinthians e Flamengo foram, respectivamente, o melhor e o pior da fase de grupos. Nas oitavas, o Flamengo eliminou o Corinthians.
A vantagem de jogar a segunda partida em casa é uma ilusão. No mata-mata você tem que ganhar em casa e empatar como visitante, ou então se dar bem no negócio do gol fora, para seguir em frente. Se você vai conseguir isso jogando a primeira ou a segunda aqui ou ali, pouco importa. Em 2007, 2008 e 2009, Boca Juniors, LDU e Estudiantes foram campeões jogando a segunda partida da finalíssima fora de casa.
Além disso, lembro de ter visto em algum lugar que, na história recente da Libertadores – coisa de dez ou doze anos pra cá – não há registro de campeão que tenha sido o melhor na fase de grupos. Mesmo porque os grupos são heterogêneos e o que é carne assada em um pode ser osso duro em outro, impedindo qualquer tipo de comparação sensata.
É por isso que a única atração futebolística de hoje vai começar agora em Londres. À noite, quem quiser algo minimamente competitivo e interessante deve ficar com Botafogo e Guarani, pela Copa do Brasil. Tô fora.
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