quinta-feira, 5 de abril de 2012

Na conta do Joel.
Em comentário recente feito aqui no blog, o corintiano Magalha afirmou não ter visto São Paulo x Santos porque, apesar de ser um clássico, não tinha o time dele. Futebol é assim, e ontem eu aprofundei a loucura. 
Num canal estavam os grandes Neymar e Ganso, no outro os lamentáveis Willians e Welinton. Num canal estava o maior favorito ao título da competição e um adversário também com possibilidades, no outro estavam dois times de pelada. Adivinhem que canal escolhi? Bem feito. E pra piorar, acabei de saber aqui na agência que Inter e Santos foi um jogão. 
A geração de imagens da tevê equatoriana foi desastrosa e quase não deixou a gente compreender o que acontecia em campo. As atuações de Willians e Welinton foram desastrosas, como sempre. Vágner Love e Léo Moura, os melhores jogadores rubro-negros nos primeiros três meses do ano, tiveram uma noite desastrosa. Porém, o maior desastre de todos foi perpetrado por Joel Santana. 
Apesar de jogar mal, no início do segundo tempo o Flamengo vencia por dois a um e o contra-ataque estava uma teta, mas parava na lentidão de Deivid, que até fizera um bom primeiro tempo. Joel demorou uma eternidade pra mexer, e quando mexeu foi um horror. Primeiro escolheu o celerado zagueiro Gustavo para substituir Deivid. Logo depois tirou Bottinelli, que também vinha bem para os padrões Bottinelli de qualidade, e pôs o lateral-esquerdo Magal. Foi a senha pro time nunca mais escapar lá de trás, encolhido feito um Olaria da vida, e o jogo virou um massacre. A bola não saía da área do Flamengo e até uma criança de quatro anos podia perceber a impossibilidade de resistir. 
O gol de pênalti sofrido no finalzinho não mudou nada: com empate ou derrota ontem, o time ficaria na mesma situação, tendo que ganhar do Lanús no Engenhão e torcer para que Olimpia e Emelec empatem em Assunção. Uma campanha ridícula. 
Quanto ao Emelec, talvez seja meio ponto superior ao Juan Aurich, ao Zamora e ao Alianza, citados aqui ontem. Mas se disputasse o Brasileirão, era segundona fácil.

4 comentários:

  1. Jogador de futebol não pode ser mandado embora por justa causa não?

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  2. Hoje pela manhã, li o seu post de ontem também, e pensei, acho que entre Juan Aurich, Alianza, Zamora e Emelec, quem se saiu melhor foi o último que era tão desacreditado quanto os outros. Afinal o que o Emelec fez pelo futebol mundial? Eu acho que nunca vi uma notícia do tipo: EMELEC CAMPEÃO COM SOBRAS. Sinceramente, não vi o jogo do Flamengo, vi só o segundo tempo de Santos e Inter, foi um bom jogo mesmo, e o que soube do Flamnego é sua difícil chance d passar da primeira fase, está difícil, mas não é impossível, mas aí vem a famosa questão, vale a pena passar de fase assim? Não sei, pode até ser que o time melhore com o tempo na competição mas torcer pra que isso aconteça é querer ser muito otimista.

    O Corinthians ficou de folga nessa semana, nem paulista teve, então não dá pra falar muita coisa sobre meu time mesmo... só que a torcida continua pra que consiga manter essa regularidade e que comece a jogar um pouquinho mais bonito... Quanto a Santos e Inter acho que os dois se classificam para a próxima fase, assim como ficou fácil para Fluminense e Vasco também passarem...

    Vamos aguardar cena do próximo capítulo, ou da próxima rodada.

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  3. Também boto na conta do Joel, e minha teoria é que ele estava pensando no jogo contra o Olimpia no Maracanã quando fez aquelas substituições desastrosas. No jogo contra o Olimpia ele fez o certo (na medida em que pode ser certo colocar o Negueba para jogar futebol): armou o time para jogar no contra-ataque. O time parou e entregou o jogo, mas a culpa não foi dele. Ontem, com a lembrança do que tinha acontecido, Joel resolveu voltar aos tempos de retranca, e deu no que deu.

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  4. Valois:
    Pois é, deveria poder sim. Não seria justo demitir o Deivid por justa causa, depois daquele gol perdido contra o Vasco? O irresponsável lá do Treze de Campina Grande, que bateu aquele pênalti com cavadinha e entregou a bola na mão do Jefferson, do Botafogo, foi demitido sumariamente. Mas não por justa causa. Merecia.
    Abração.

    Laerte:
    A Libertadores é um torneio muito tenso, e por isso é bom. Mas a verdade é que não existem trinta e dois grandes times de futebol na América Latina. Da mesma forma que não existem trinta e duas grandes seleções, e é assim que se disputa a Copa do Mundo. Business, né?
    Abraço.

    Lucas:
    Sim, Lucas, é bastante possível. Mas naquele jogo contra o Olimpia ele podia ter tirado o Felipe para colocar o Camacho, e nem assim o time poderia ter entregado. Aquilo foi o absurdo dos absurdos. E ontem ele voltou a ser o velho e tão criticado Joel retranqueiro de sempre. Tá certo que Joel nunca foi uma sumidade, mas ontem ficou uma dúvida no ar: ele apenas pensou mal e errou feio, como todo mundo está sujeito a errar, ou o tempo dele passou de vez e Joel é mais um técnico que tira volante e põe atacante quando está perdendo, tira atacante e bota zagueiro quando está vencendo.
    O mais assustador de tudo, vendo o que foi aquele jogo de estreia com o Lanús e o que foram os três últimos, é constatar que o Aírton e o Renato Abreu estão fazendo falta. Aí, é como diz o chatíssimo locutor do Fox Sports, João Guilherme: para tudo.
    Beijos pra você, pra Clarice e pro Martin.

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