segunda-feira, 8 de abril de 2013

Faltam os títulos. Só. 
Abel Braga. Luiz Felipe Scolari. Muricy Ramalho. Paulo Autuori. Vanderlei Luxemburgo. Em ordem alfabética, pra não deixar dúvidas quanto à imparcialidade do blog, esta é a escalação dos técnicos-top do nosso futebol. Todo fim de ano, quando acaba o Campeonato Brasileiro e começa a temporada de vacas magras para a imprensa esportiva, as especulações se repetem: o São Paulo sonha com Autuori, o Inter faz o que for preciso para ter Abel Braga etc. Nossos grandes clubes estão sempre com essas cartas na manga e esses nomes no bolso. Faz mais de dez anos que é assim. Da mesma forma que demoramos demais para enxergar o declínio de determinados jogadores, e continuamos a tratá-los como se eles pudessem fazer hoje o que faziam há uma década, temos dificuldade para esquecer o passado glorioso dos treinadores e, mesmo reconhecendo e aplaudindo as glórias, entender que elas são exatamente isso: passado. 
Mas há luzes no fim do túnel. E, nesse momento, as luzes atendem pelos nomes simples de Tite e Cuca. Esnobado pela intelligentzia da mídia e dos torcedores, que não viam nele um cara à altura das pretensões do Novo Corinthians, Tite driblou desconfianças e críticas generalizadas, se impôs e conseguiu transformar o mediano grupo de jogadores corintianos num time forte e vencedor. Não quer dizer que Tite seja um gênio, longe disso. Não quer dizer que Tite vá brilhar em todos os outros clubes por onde passar. Mas até os caras mais descrentes em relação ao trabalho e à relevância dos técnicos – entre os quais, me incluo – têm que dar o braço a torcer e admitir a importância de Tite nas recentes conquistas do time. 
Cuca é um caso estranho. Jamais ganhou um título de ponta, mas já vi torcedores do São Paulo o apontarem como o verdadeiro mentor do vitorioso time da Libertadores 2005 e dos Campeonatos Brasileiros de 2006, 2007 e 2008. Sem grandes recursos, pôs em campo, em 2007, um Botafogo que era muito bom de ver jogar. E conseguiu o maior milagre acontecido neste século no futebol brasileiro: livrar o Fluminense do rebaixamento em 2009. Não há como não se empolgar com o atual time do Atlético Mineiro. Existem certas desconfianças, é verdade, e todas compreensíveis: o time também empolgou no Brasileirão do ano passado, mas o Fluminense foi campeão com três rodadas de antecedência; enquanto partia pra cima, intimidava e vencia no Estádio Independência, fora de casa virava um inofensivo gatinho e não ganhava de ninguém. Ou seja: a consistência desse Atlético que está aí ainda não foi devidamente comprovada. E não custa lembrar a incensada campanha do Cruzeiro na primeira fase da Libertadores de 2011, para logo depois ser eliminado em casa pelo Once Caldas. E quem era o treinador do Cruzeiro? Sim, o Cuca. 
A primeira fase da Libertadores engana toda vida e dificilmente um time consegue segurar a onda do início ao fim. Riquelme, por exemplo, costuma dizer que a Libertadores começa de verdade quando começa o mata-mata. Infelizmente, a gente tem o péssimo hábito de esquecer essas coisas e repetir os erros. 
Falta a Cuca o que Tite conseguiu com o Brasileirão de 2011 e ratificou com a Libertadores de 2012: um ou dois títulos de peso. Por isso, tirando os torcedores dos outros clubes brasileiros envolvidos na competição – e os do Cruzeiro, por motivos óbvios –, quem gosta de futebol no Brasil deve torcer para o Atlético ficar com a Libertadores. Assim, teremos mais um dos nossos grandes na lista de campeões (ficarão faltando somente Botafogo e Fluminense) e, de quebra, ganharemos um técnico que, apesar de seu comportamento loser e sua cara de bebê chorão, não tem medo de fazer seu time jogar bem e bonito.

2 comentários:

  1. Jaime, vou morrer e não vou ver tudo,8 de abril de 2013 às 07:45

    pqp! cuca mentor dos títulos de 2005, 2006, 2007 e 2008???? peloamordedeus! então alivia pro boneco de posto, e coloca todas as eliminações na conta do gaúcho chorão. um bosta de técnico. traíra do caralho. ele e o irmão dele. saíram com muito respeito do flamengo... o grupo fechava pra conversar e ele colocava o irmão atrás da porta pra ouvir a conversa. perdia, chorava e levava o time do botafogo pra chorar na coletiva. no último jogo mostrou toda sua experiência e controle emocional, qdo os argentinos foram pra cima no árbitro no intervalo e ele, ganhando de 2x0, mandou seus jogadores voltarem pro campo e ir lá bater boca com os gringos. nível jair picerni. lembra qdo a bosta do time dessa cidade perdeu a libertadores pro olímpia? o cara foi brigar com jogador pra atrasar a merda de uma cobrança de lateral. além de ter ido pro jogo com um terno cafona pra caralho, foi expulso e o amarelão se cagou todo e perdeu nos penaltis. sou muito mais o dunga. q alias tinha q ser o técnico do meu time. ia mandar jj se foder, lúcio se foder, rogério se foder, ganso se foder, luis fabiano se foder, ia matar o cortez e o douglas e fazer aquele filhodumaputa do maicon correr. tudo isso sem derrubar uma gota de lágrima.

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  2. Até que enfim. Mordeste a isca. Tava sentindo sua falta. Abraço grande e beijos na Amanda e na Lara.

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