A pré-temporada que não acaba nunca.
Com tanta coisa desimportante acontecendo no fim de semana futebolístico, uma saída para o habitual post de segunda-feira seria apelar para um paragrafozinho básico de abertura, pensar em três ou quatro linhas bem sacadas para o encerramento e rechear o texto com uma receita de miojo. Não teria a originalidade do menino do Enem, mas ao menos ficaria de acordo com o futebolzinho tacanho que vem sendo jogado pelos nossos times, com a já citada exceção – ver post publicado em 9 de abril – do Atlético Mineiro.
O São Paulo perdeu para o XV de Piracicaba, o Corinthians para o Linense, o Atlético Mineiro para a Caldense, e nada disso teve a menor importância. O Flamengo fez um ótimo primeiro tempo contra o Fluminense, o que também não teve importância alguma. Eu poderia seguir no embalo do “grande momento que vive o Palmeiras”, como ouvi outro dia de um empolgado narrador do SporTV, mas meu ceticismo não permite. Poderia engrossar o coro dos que afirmam, no Rio, que o Botafogo está sobrando. O problema é que, nas três primeiras rodadas do primeiro turno, quem sobrava lá no Rio era o Vasco. Depois, até a semifinal, sobrava o Flamengo. Parece que enquanto não conseguirem resolver a encrenca financeira em que estão metidos, os times do Rio continuarão sobrando e despencando em velocidade espantosa.
O certo é que, a cada ano, os estaduais se revelam uma brincadeira mais e mais sem graça e dispendiosa, com estádios desertos, times reservas e partidas sofríveis. Até o Santos, que ganhando ou perdendo costumava ser divertido, virou uma chatice. Muricy conseguiu.
Que venham logo as fases decisivas, o mata-mata da Libertadores e o Campeonato Brasileiro. Por mais que a gente goste de futebol, não há quem aguente quatro meses de pré-temporada.
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