quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Agora sim: começou a temporada.
No tradicional encontro familiar de fim de ano, na casa de minha irmã mais velha, em Araruama, meu irmão Mário lamentava: pronto, agora vai começar essa encheção de saco dos estádios da Libertadores, as arbitragens da Libertadores, o jeito de bater lateral na Libertadores, o tiro de meta da Libertadores. Por um lado ele tem razão, por outro não. 
É mesmo exagerado o mito criado em torno da Libertadores, que eu acho que só vai acabar no dia em que o Corinthians ganhar a taça, mas é uma competição diferente sim. O que não chega a ser grande novidade: até a Copa do Brasil, que é um torneio dos mais vagabundos e para o qual ninguém daria a menor bola se não fosse a vaga na Libertadores, é bem diferente do Campeonato Brasileiro. E por aí vai. Mas os jogos da Libertadores são sempre tensos, não existe aquela frescura de juiz marcar falta em todas as disputas e dar cartão em qualquer pancada. Futebol tem pancada, tem malícia, neguinho chega junto, quem não gosta que vá jogar, assistir, narrar ou comentar outra coisa. 
Pois bem: começou a Libertadores e com ela começa de verdade a temporada de futebol no Brasil, já que não dá pra levar a sério esses estaduais em que o São Paulo enfrenta o time do MST do Pontal do Paranapanema e o Flamengo encara a seleção dos índios acampados na Praia de Camboinhas. 
Apesar da vitória, o Fluminense ontem não foi nada bem e só o Deco jogou bola. Fred jogou durante três minutos. Thiago Neves, que entrou no fim, aumentou a movimentação, procurou jogo, mas conseguiu muito pouco. Wagner foi uma decepção: além de não ter feito nada, creio ter garantido sua ida para a reserva com aquela expulsão idiota. O Fluminense parece ter montado um time que do meio pra frente vale muitos milhões de dólares, mas que do meio pra trás não vale dois tostões furados. Quem viu o jogo ficou sem acreditar que o fraco Arsenal não tenha feito um golzinho sequer, diante de tanto bate-cabeça da zaga tricolor. É verdade que a péssima atuação no jogo de ontem não quer dizer muita coisa: ano passado o Santos começou muito mal, passou raspando para as oitavas e acabou campeão. 
Como escrevi no post de 18 de fevereiro de 2011, com o título “O futuro da Libertadores”, continuo achando que a competição vai se transformar, cada vez mais, num minibrasileirão. O problema é que, esse ano, um monstro nos espera: a volta do Boca Juniors. E nós, brasileiros, trememos de medo quando temos o Boca pela frente.

4 comentários:

  1. Jaime, piando de fora,8 de fevereiro de 2012 às 11:44

    vi os melhores momento. o deco deu toque de calcanhar e os caralho. foi bem mesmo. agora me fala: e aquele driguinho... pqp! ele é time b do fluminense pra jogar taça guanabara. aquela cara de cagão é fadada ao choro. tem um técnico aí q já perdeu um clássico, hein? haja trabalho pra terminar o ano, meu filho.

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  2. Thomas, sem provocação9 de fevereiro de 2012 às 03:45

    Olha, não entrei aqui com a intenção de provocar o Jaime (não sou louco), mas só um adendo ao seu comentário, Jorge, o Santos ano passado engrenou exatemente com a chegada do Muricy. Não me lembro exatamente quando foi, mas acho que foi realmente só a partir das oitavas.
    Quanto a Fluminense (que jogou mal mas ganhou por incompetência do adversário) e ao Vasco (que jogou ainda pior e perdeu por competência do adversário) não vou tecer maiores comentários. Afinal, semana que vem temos o Flamengo em campo contra um aparentemente razoável Lanús.
    Ps.: alguém aí tem Fox Sports?

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  3. Jaime,
    Acho que o Diguinho vai acabar perdendo a vaga para o Jean, a não ser que o Jean tenha desaprendido completamente. A conferir.

    Thomas,
    Não sou antimuricysta militante, mas tenho a impressão de que o Santos melhorou no ano passado porque o Adílson Batista saiu, e não exatamente porque o Muricy entrou. Qualquer um que entrasse ali conseguiria melhorar o time. Não vi o jogo do Vasco, porque o Fox Sports ainda não está disponível na Sky e, aqui pra São Paulo, a Globo passou o grande desafio do Corinthians diante do Mogi-Mirim. (Pelo menos era assim que Cléber Machado fazia a chamada para o jogo.) Flamengo x Real Potosí e Fluminense x Arsenal eu vi no canal Speed, mas para o jogo do Vasco eles não abriram o sinal. Estavam adivinhando.

    Abraços pros dois.

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  4. Do jeito que este time do Corinthians está jogando o mito que gira em torno da Libertadores vai continuar por mais um ano. Não consigo acreditar que o Corinthians, com o time titular, não consegue ganhar de um time de cortadores de cana, com um jogador a menos desde os 15 minutos do primeiro tempo. Sem mais comentários....não vai começar né Tite!!!
    Abraços

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