quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Um time honrado.
Ontem vi boa parte de Vasco x Universidad de Chile, pelas semifinais da Copa Sul-Americana. Como não dá pra levar a sério uma competição que o Atlético Paranaense disputa com o time reserva, tinha prometido a mim mesmo que não escreveria uma linha sobre esse torneiozinho vagabundo, talvez até mais vagabundo que a Copa do Brasil, mas vamos lá. 
A Copa Sul-Americana pouco me interessa, a Universidad de Chile – que é um time bem treinado e difícil de ser batido – pouco me interessa, só que o Vasco me interessa. Outro dia o corintiano Vinicius fez um comentário aqui no blog elogiando a seriedade do Vasco no Campeonato Brasileiro, e lembrou que, ao contrário do Corinthians em 2009 e do Santos em 2010, mesmo com a conquista da Copa do Brasil e a vaga assegurada na Libertadores do ano que vem, o time entrou no Brasileirão pra jogar sério. A verdade é a seguinte: o time do Vasco não tem nada demais, mas dá gosto ver o Vasco jogar. 
Nunca houve na história do futebol um clube que conseguisse subverter aquilo que o futebol tem de único e mais espetacular, que é a possibilidade do mais fraco, além de ser mais fraco, ser massacrado nos noventa minutos e mesmo assim vencer. Nem os times mais vitoriosos de todos os tempos deixaram de ter seus dias de derrotas incompreensíveis e fracassos surpreendentes. Por isso o futebol é incomparável. 
Você pode ter um time mediano, bom ou muito bom, você pode ganhar jogos difíceis ou perder partidas fáceis, mas você tem a obrigação de correr, marcar, lutar pela bola, tentar e brigar o tempo todo. Isso é o mínimo. 
Com os resultados das últimas rodadas no Brasileirão e do jogo de ontem pela Sul-Americana, o mais provável é que o Vasco termine o ano com apenas um título, um título até pobrezinho, conquistado sem uma partida sequer contra nenhum dos outros onze grandes clubes do futebol brasileiro. Mas a torcida do Vasco não tem do que reclamar. 
Não importa se ontem o Fernando Prass ficou no meio do caminho, se Dedé e Renato Silva deixaram o chileno subir sozinho, se o Alecsandro (que eu acho um horror) perdeu duas vezes o gol de cabeça que traria a vitória, o que importa é que aqueles caras se matam em campo. 
Time da virada é bobagem de torcedor que a mídia potencializa. Mas é um time que tem vergonha na cara.

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