segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

As coisas inexplicáveis que o futebol faz com a gente. 
No finzinho do expediente da agência, na última sexta-feira, eu e o corintiano Marcelo Diniz conversávamos sobre as estranhas coisas que o futebol faz com a gente e a importância que ele tem na nossa vida. Creio que nunca escrevi sobre isso aqui, mas aprendi a ler, sozinho, por causa do futebol. Comecei a namorar Mônica, mãe dos meus filhos Lucas e Nina, na primeira partida da final da Libertadores de 81, entre Flamengo e Cobreloa. Às vezes fico parecendo o personagem que Nick Hornby utilizou para se autorretratar no livro “Febre de bola”, um cara que associa o futebol e os jogos do Arsenal a todos os momentos importantes da sua vida. 
Uma das coisas mais prazerosas do universo do futebol é você ligar a tevê pra ver um jogo reunindo dois bons times, sem torcer por nenhum deles. Apenas porque é sempre bacana ver um grande jogo. Foi com esse espírito que acordei ontem e foi assim que comecei a ver Corinthians e Chelsea, mais ou menos como vi, sei lá, Inglaterra e Alemanha na Copa de 2010. Entretanto, lá pela metade do primeiro tempo a tranquilidade já tinha saído de campo, substituída pela tensão, e mandei a imparcialidade pro espaço. 
O que houve de mais legal ontem foi que o Corinthians jogou o jogo. É o que eu não me canso de defender: futebol você ganha ou perde jogando feio ou bonito, brigando ou se acovardando. Então, vamos ao jogo, e de forma honrada. Não é por estar diante de um milionário time europeu que colocaremos dezoito zagueiros e catorze volantes, que esqueceremos tudo o que fizemos no resto da temporada e tudo o que o futebol brasileiro já fez e é capaz de fazer. 
Não sou ufanista, detesto ufanismo, mas beira a traição um time brasileiro ganhar a Libertadores e entrar na final do Mundial Interclubes tremendo de medo. Ontem o Corinthians foi melhor em boa parte, correu sério perigo em outra, ou seja, jogou o jogo. O Corinthians enfrentou o Chelsea – que, precisamos reconhecer, está longe de ser o Barcelona – do mesmo jeito que a gente vê o Corinthians enfrentar o Grêmio ou o Fluminense ou o São Paulo ou o Atlético Mineiro. Não mudou o jeito de jogar só porque o adversário era um europeu rico, coisa, aliás, que não anda muito na moda. 
O Corinthians não é um timaço. Tem jogadores exclusivamente táticos, como o Jorge Henrique, de quem eu não gosto, e o Danilo, que é muito pouco surpreendente para um meia de ligação. Chicão é lento e fraco no jogo aéreo. Alessandro e Fábio Santos são medianos. O abuso da linha do impedimento coloca o Corinthians constantemente em risco. Mas o conjunto funciona, os caras sabem o que fazer em campo e se comportam como um time. 
Não seria idiota a ponto de pedir o reconhecimento de são-paulinos, santistas e palmeirenses, mas o jeito como o Corinthians ganhou o Mundial Interclubes ontem deve servir de lição para os nossos técnicos e foi um bom exemplo para o futebol brasileiro.

6 comentários:

  1. jaime, parabéns pros caras,17 de dezembro de 2012 às 04:54

    parabéns pros caras. pegaram os gringos bonito. agora o seguinte: muito se fala desse chelsea, o são caetano da europa. uma bosta de time, como todo time inglês. quem é o gênio dessa merda? lampard? o graaaannde zagueiro terry (q nem jogou)? come a mulher de todo mundo, mas não joga nada. lembro do blá, blá, blá em 2005 sobre o imbatível liverpool, do incrível craque genial absoluto menino de prédio, gerard. resumindo: todo time inglês é uma merda. jogador inglês é uma farsa. um país q tem aquele magrelo alto, ruim pra caralho, q tb era do podereos liverpool, o tal do rooney e o beckham como ídolos, tá na merda. o marcelinha carioca foi umas 10x melhor q o tal galã da armani. só se destacam no campeonato deles e pq jogam ao lado de sulamericanos. a prova disso é a bosta da seleção inglesa q nunca ganhou merda nenhuma. lineker, fraco. gascoigne, fraco. cantona, um edmundo q não deu certo. e tá na hora de parar de falar q não ligam e depois q perdem ficam com cara de bunda vendo a festa dos sulamericanos. o santos não ganhou o ano passado pq teve o azar de pegar o barcelona e de ter um idiota no banco q, um dia antes da final, inventou um 3-5-2 q o time nunca tinha jogado na vida. foda-se. pau no rabo do boneco de posto. mas hj é dia dos caras, é festa deles e parabéns pra eles. murta, faz tempo q vc só vê jogo bom assistindo o time dos outros, hein?

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  2. Concordo com o Jaime.... nos cafés com o Borba eu falava exatamente isso... e apesar de ser tudo de seleção esses caras eram nada demais.. esse Torres nao passa de um Rafael Moura... do time q foi campeão eles perderam os dois caras q eram a diferença do time... o Essien e o Drogba
    Enfim foda-se... foi ducaralho pq jogamos de igual pra igual... o melhor de tudo foi assistir ao jogo com o Gabriel... esse ja foi picado pelo futebol.. torce, gosta, vibra e chora... no contive as lagrimas e os dois bananas choraram igual crianca...

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  3. Murta, seus comentários sempre brilhantes!!!
    Valeu Jaime, sempre me faz dar boas risadas quando fala do "boneco de posto"....rsss. Você entende de futebol pra caralho, se eu falo mal do boneco de posto para qualquer torcedor do seu time quase sou espancado....rss.
    É isso aí Magalha!!! Quem diria que seríamos campeões da Libertadores e do Mundo com o Tite de técnico. Temos que reconhecer que o cara foi bem.
    Murta, o Jaime sempre te cutucando...rsssss.
    Abração a todos e VAI CORINTHIANS!!!

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  4. Jaime e Magalha:
    Concordo apenas em parte. Jamais aposto um tostão furado em qualquer seleção inglesa, porque eles definitivamente não são grandes formadores. E o tal do magrelo alto que o Jaime fala é o Peter Crouch, que chegou a jogar na seleção e é do nível daquele Fernandão que o Felipão inventou no ano passado como centroavante do Palmeiras. Quando o Jaime fala da seleção inglesa, não há o que discutir, mas no caso dos clubes a coisa muda, porque os caras nadam em dinheiro. Aí pagam 50 milhões de libras – pouco mais de 150 milhões de reais – pelo Fernando Torres. Não, não é modo de falar: o Chelsea pagou ao Liverpool 50 milhões de libras pelo Fernando Torres, irretocavelmente definido pelo Magalha como um Rafael Moura falando castelhano. Pegue o time do Manchester City, que é um dos líderes do campeonato inglês: Balotelli, Tévez, Aguero, Dzeko, David Silva, Maicon, Nasri, Yaya Touré, Zabaleta, Clichy, Kolarov. Quase todos jogadores das seleções de seus países. Pegue o Manchester United, que é o outro líder: Van Persie, Chicharito Hernandez, Nani, Valencia, Evra, Vidic, Lindegaard, Buttner, Macheda, Rafael. O que esses clubes menos tem é jogador britânico. Ou seja: a seleção é sempre caída, mas os grandes clubes ingleses costumam ter times fortes. O que não quer dizer, e faço questão de repetir o que espero ter deixado claro no post, que devemos ter medo deles. Até porque, são velhíssimos fregueses.

    Jaime:
    Quanto ao fato de só ver jogo bom do time dos outros, acho que tamo junto nisso aí, não? Se bem que o melhor jogo de futebol disputado em terras brasileiras no século XXI, e não sou eu que digo, foi aquele Flamengo e Santos (cinco a quatro pro Flamengo), ano passado na Vila Belmiro. O blog é democrático, mas também tem regras. Gasto quase dois terços do espaço falando mal do Flamengo, mas só quem pode falar mal do Flamengo aqui sou eu.

    Luiz Eduardo:
    Tava quieto, no sapatinho, só esperando ganhar o Mundial para aparecer, não? E na condição de leitor antigo do blog, com certeza você sabe que o Jaime é pago para provocar.

    Abraços pra todo mundo.

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  5. Cara, você sabe que cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguem!!! rs.
    Tenho acompanhado o blog sempre, mas como há tempos meu time deixou de disputar o campeonato brasileiro, fiquei na miúda mesmo. Sou do tipo de "comentarista" que gosto de falar bem ou mal apenas do meu time, vou na mesma linha sua...rsss. O campeonato do Flu e o rebaixamento do torresmo eram fatos óbvios...rsss.
    Quanto ao Jaime, é são paulino mais consciente que conheço....rsss
    Abração a todos.

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  6. Belo texto, como sempre. O papo de sexta feira foi delicioso. Como deveriam ser todos os papos sobre futebol. Abracao!

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