segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Palmeiras e Fluminense. Agonia e glória. 
É só intuição, mas creio que, ontem, todo mundo que gosta de futebol e não tinha interesse no resultado do jogo acabou torcendo pelo Palmeiras. O time do Palmeiras luta do início ao fim, tenta de todos os jeitos, corre tanto que tropeça nas próprias pernas, bate cabeça, erra demais, acerta pouquíssimo, mas não desiste. É um time que não pode ser acusado de nada, exceto, claro, de ruindade. O técnico Gilson Kleina montou uma escalação para surpreender o forte e inabalável Fluminense, e a maior surpresa era o Corrêa. Convenhamos. Mas ali não há muito o que um treinador possa fazer, embora nada justifique a equivocada decisão de deslocar o Wesley para a lateral-direita. O Palmeiras melhorou quando ele foi pro meio, mas perdeu do mesmo jeito. Ainda há esperança, já que a Portuguesinha vem mostrando nesse final de campeonato sua irresistível vocação para se apequenar. E como o Flamengo não tem mais chance de ser rebaixado, declaro a quem interessar possa que na semana que vem, no jogo entre Flamengo e Palmeiras, vou torcer para o Palmeiras. 
O Fluminense sabia que uma vitória ontem em Presidente Prudente anteciparia a conquista do título, porque o time do chorão não ganha fora de casa. No Estádio Independência, em Belo Horizonte, a torcida sufoca o adversário, o árbitro quase sempre expulsa alguém do outro lado, eles chegam junto o tempo inteiro e se impõem feito leões. Fora de casa, parecem a Cristal e o José, o casal de gatinhos lá de casa. O título do Fluminense é aquilo que está em todos os sites e jornais: pontuação recorde, maior número de vitórias, apenas três derrotas, ataque mais positivo, defesa menos vazada, artilheiro, melhor goleiro do campeonato. Não há o que dizer. É entregar a taça e bater palmas. 
Estranha a anulação daquele gol do Vasco. Existe na regra um negócio chamado “atitude aintiesportiva”, que torna ilegal quando alguém grita “deixa!” para iludir um adversário. Ok. Mas a repetição do lance mostra claramente que o grito de “deixa!” do Wendel foi para seu companheiro Felipe. E aí é complicado, porque se você não pode gritar “deixa!” para um companheiro de time, também não vai poder gritar dá, toca, cruza, bate no gol, etc. Acho que o juiz Elmo Alves Resende Cunha se enganou ali, e acabou de se embananar todo ao marcar aquele pênalti muito do maroto a favor do Atlético. 
Para o elenco que possui, o Flamengo vem fazendo um final de campeonato auspicioso. Quando o time tinha trinta e seis ou trinta e sete pontos e faltavam sete rodadas, eu fazia contas simplesmente desconsiderando os jogos contra São Paulo, Atlético Mineiro e Náutico, que julgava perdidos. Pra mim, a permanência na primeira divisão teria que ser assegurada nas partidas contra Figueirense, Palmeiras, Vasco e Botafogo, todas no Rio. Mas o time passou a jogar de forma disciplinada e compacta, tem sofrido poucos gols e nos últimos seis jogos foram três vitórias e três empates. Não há mais qualquer possibilidade de cair, e já pode começar a pensar no muito que precisa ser feito para o ano que vem. Porque, mesmo com a vitória sobre o Náutico no Estádio dos Aflitos – coisa que, nesse campeonato, apenas o Fluminense e o Coritiba haviam conseguido –, o Flamengo não pode terminar uma partida, como terminou a de ontem, com Paulo Sérgio, Hernane, Bottinelli e outros do gênero em campo, além do zagueiro Wellinton no banco. Porque, se ele está no banco, significa que pode entrar a qualquer momento.

3 comentários:

  1. não. nem todo mundo que gosta de futebol torceu pro palmeiras ontem. assunto batido, mas não posso deixar passar. em 2010, o flu veio pra sp e voltou com 6 pontos, ganhando do SPFC e do palmeirinhas. esse ano, fez a mesma sequencia de jogos. voltou com 4. sendo q os 3 de ontem vieram no último minuto e de um time pronto para cair. enfim. oq quero dizer é q em 2010, ano q o flu foi campeão com apenas 2 pontos de vantagem, o merda do muricy só ganhou pq a gente entregou! ontem o ney franco mostrou como é cagão. acho q já deve ser o 4º jogo q ele precisa mexer no time pra arrumar uma alteração cagada dele. filhodumaputa. uma hora isso vai complicar num jogo mais sério.

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  2. Uma coisa a ser lembrada é a sina do Cuca para ser vice. Desde o começo do campeonato, vendo o Atletico Mineniro na ponta do campeonato, ja imaginava o destino.... Não iria chegar... Sina do Cuca. srsrs

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  3. Jaime:
    Fiz a ressalva: todo mundo que gosta de futebol e não tinha interesse no resultado do jogo. Claro que alguém impregnado de rivalidades regionais - caso de corintianos, são-paulinos e santistas - teria interesse. Falei dos totalmente neutros. Continuo achando bobagem essa história de que "só foi campeão porque entregaram". Choro puro, mas o choro é livre. Não sei se o Ney Franco é cagão e não vi o jogo, mas já o vi fazer algumas bobagens mesmo, sobretudo nas substituições. (Ney Franco foi treinador do Flamengo da metade de 2006 até o começo da temporada de 2007.) A gente fica com a impressão de que é bom técnico, mas que, sei lá, falta alguma coisa.

    Rodney:
    Técnico de futebol não pode ter aquela cara de choro, aquela alma de chorão. Cuca já armou vários bons times, gosta de futebol ofensivo, seus times costumam jogar bonito, mas é outro a quem falta alguma coisa.

    Abraços.

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